Para preservar a credibilidade e honrar um legado, a Lava-Jato resolveu cortar na própria carne. A prisão do auditor fiscal Marco Aurélio da Silva Canal, acusado de ser o chefe de um esquema que extorquia alvos de investigação, é mais do que um ato técnico. Neste momento, foi um sinal de que não haverá compromisso com o erro e com o malfeito no coração na maior operação de combate à corrupção da história do país. Afinal, o vazamento das conversas entre os procuradores de Curitiba e o então juiz Sergio Moro já havia comprometido o brilho das ações.

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O Supremo Tribunal Federal identificou um erro nos processos, determinando que o delatado precisa apresentar as alegações finais depois do delator. Neste caso, o STF definirá o alcance da decisão ainda nesta quinta-feira, provavelmente estabelecendo um corte para não permitir uma avalanche de pedidos de anulações de sentenças. Seria um golpe fatal da Lava-Jato, que nunca esteve tão em xeque.

Abono salarial

Os senadores Esperidião Amin (PP) e Dário Berger (MDB) ajudaram a derrubar a alteração das regras do abono salarial na reforma da Previdência, aprovada pela Câmara. À coluna, os catarinenses justificaram que a reforma deve combater privilégios e não sacrificar trabalhadores de baixa de renda. Com a rejeição, o governo vai deixar de economizar R$ 76 bilhões. O senador Jorginho Mello (PL) votou a favor da proposta do governo.

À míngua

Prefeitos reclamam de atraso nos repasses dos recursos do Ministério da Cidadania para áreas sociais. Alguns falam que há risco de afetar serviços direcionados às comunidades carentes. o ministério não nega a dificuldade dos pagamentos e promete realizar novos repasses nos próximos meses.
 

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