Joaquim Barbosa ainda é um mistério para o próprio partido, o PSB. Novato na legenda, filiado há apenas 15 dias, ele começou uma série de reuniões para se apresentar, afinar o discurso e vencer as resistências. A primeira rodada, realizada ontem em Brasília, foi para quebrar o gelo, com as principais lideranças da legenda. Apesar do bom resultado na última pesquisa Datafolha, a candidatura à Presidência do ex-ministro do STF não é uma unanimidade dentro do PSB. Conhecido pela personalidade intempestiva, Barbosa não tem traquejo político.
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— Mas para quem já fez campanha para o Garotinho, por que não Joaquim Barbosa? – desdenhava um deputado do PSB, no café da Câmara.
A comparação reflete os problemas que Barbosa ainda enfrentará na bancada, mas é exagerada e até injusta. Candidato do partido em 2002, Garotinho está hoje no nanico PRP e enfrenta escândalos em série. Conhecido nacionalmente como relator do Mensalão, pelo discurso de combate à corrupção, Barbosa tem potencial de atrair votos do campo de centro-direita. Na prática, porém, ainda falta convencer o próprio partido.
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Marcelo Fleury: Joaquim Barbosa mais perto
CAPENGA
O Planalto prepara uma campanha para comemorar os dois anos de governo Temer, destacando a chamada pauta positiva. A reforma trabalhista, no entanto, já está capenga. Na segunda-feira, caduca a medida provisória que corrigia falhas do texto original.
CAMPANHA
Disposta a não perder apoiadores, a equipe de João Rodrigues (PSD-SC) segue atualizando as redes sociais do deputado, preso desde fevereiro. Postagens de obras como a Arena Condá e do aeroporto de Chapecó são acompanhadas da hashtag #JOAOJAFEZ. Na semana passada, a Justiça do Distrito Federal negou pedido da defesa para que Rodrigues pudesse trabalhar na Câmara durante o dia.
Veja também: Exclusivo: a vida de João Rodrigues na prisão
CARTÃO POSTAL
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo estão em campanha para pressionar Rosa Weber sobre a prisão após condenação em segunda instância. Eles estão enviando cartões-postais para o gabinete da ministra do STF, em Brasília, com a inscrição Lula Livre! e a foto do ex-presidente. Em julgamentos sobre o tema, Rosa tem manifestado que vota de acordo com a decisão do colegiado. Em 2016, o Supremo aprovou a prisão após segunda instância. Na época, Rosa Weber foi voto vencido.
FRASE
“Não podemos ficar indiferentes aos mais de 60 mil homicídios por ano; à banalização da corrupção; à impunidade; à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado; e à ideologização dos problemas nacionais.”
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General Eduardo Villas-Bôas, Comandante do Exército ao afirmar que esses são exemplos das reais ameaças à democracia