O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) postou há pouco, nesta quinta-feira(24), uma mensagem no Twitter em que se despede do Brasil com a seguinte mensagem:
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"Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé!"
Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé! ✊ https://t.co/Xy6SyDNXDy pic.twitter.com/Tf6SGmZFHq
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) 24 de janeiro de 2019
Jean Wyllys postou junto o link de uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, na qual explica que resolveu deixar o Brasil devido à intensificação das ameaças de morte. A situação teria piorado após o assassinato da vereadora Marielle Franco, também do PSOL, em março de 2018. Ao jornal, outro ponto que pesou na decisão do parlamentar foi a notícia de que familiares do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega trabalharam no gabinete do senador eleito Flávio Bolsonaro:
— Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário. O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim.
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Jean Wyllys contou ao jornal uma conversa que teve com o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, que o incentivou a deixar o país:
— O Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: "Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis". E é isso: eu não quero me sacrificar.
Jean Wyllys está em férias no Exterior, não deve retornar ao Brasil e irá desistir do mandato. A coluna tenta contato com o deputado.