O presidente Jair Bolsonaro (PSL) completa nesta quarta-feira 100 dias de governo com uma lição de casa a fazer. Embora tenha saído das urnas com a maioria do Congresso alinhada, o governo está sem base de apoio no Parlamento.
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O presidente e seus conselheiros não conseguiram encontrar um modelo de articulação política que possa ser efetiva, tanto para assegurar aprovação de uma reforma da Previdência robusta, quanto para a votação de qualquer outro projeto. A ideia de negociar com as bancadas temáticas fracassou. O negócio é mesmo conversar com os líderes dos partidos.
O problema é que Bolsonaro não é um grande articulador. Deputados e senadores que saíram das reuniões com ele reclamam que o presidente sequer pede claramente apoio para votar as mudanças na aposentadoria. Há ainda necessidade de estreitar a relação com os Estados. Santa Catarina, por exemplo, aguarda por investimentos na área de infraestrutura, em especial por meio das concessões. Também o Ministério da Economia tem acenado com um programa de ajuda aos governadores, mas, por enquanto, não saiu do estágio da promessa.
Diante da queda de popularidade nestes primeiros meses, Jair Bolsonaro promete viajar pelas regiões do Brasil para falar dos principais projetos e conquistas.
A agenda de compromissos começa pelo Nordeste. Mas Santa Catarina não pode ficar de fora. Brasília tem muito o que fazer pelo Estado catarinense.
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Fórum parlamentar
O presidente da Federação Catarinense dos Municípios (FECAM), Joares Ponticelli, participa nesta quarta-feira da reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, em Brasília, quando irá apresentar a pauta de reivindicações dos municípios do Estado. Nesse mesmo encontro, o deputado Peninha Mendonça (MDB) assume a coordenação da frente parlamentar.
Climão
A sessão para a leitura do relatório da reforma da Previdência na CCJ, nesta terça-feira, é só o começo das dificuldades para discutir as mudanças na aposentadoria.
A reunião estava marcada para as 14h30min, mas até as 19h o texto sequer tinha sido lido. A oposição jogou bem com o Regimento, atrasando ao máximo os trabalhos. A bizarrice chegou ao extremo com um deputado sendo acusado de estar armado dentro da CCJ. A sessão teve que ser suspensa. O líder do PSL, delegado Waldir, estava apenas com o coldre da arma. Mas foi mais uma desculpa para atrasar ainda mais as atividades.
Sem resposta
O ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) tem um assunto espinhoso pela frente: as placas de carros padrão Mercosul. Um parlamentar, que reclama dos custos e da falta de segurança da mudança, teve pedido de reunião com o ministro adiada em três oportunidades. Pela demora de Tarcísio, ainda não há definição sobre o assunto. O presidente Jair Bolsonaro anunciou que pretende rever as mudanças.
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