A Polícia Federal precisa ter a autonomia garantida para atuar sem sombra de dúvidas, sem desconfianças ou questionamentos políticos sobre as intenções das operações. Ninguém questiona essa sentença. Mas em razão de declarações enviesadas do presidente Jair Bolsonaro ou desastradas da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), um caso de polícia envolvendo o governo do Rio se misturou ao debate precoce alimentado pelas eleições presidenciais de 2022.
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Afinal de contas, a deputada sabia com antecedência de operações contra governadores? O presidente da República quis interferir na PF do Rio para atingir desafetos? A Procuradoria-Geral da República analisa os casos. Essas dúvidas, no entanto, atrapalham o trabalho da Polícia Federal.
As suspeitas de irregularidades com dinheiro público e envolvendo o governo de Wilson Witzel são graves e precisam ser esclarecidas. Se a corrupção já é inaceitável em qualquer tempo, torna-se ainda mais repugnante diante da falta de equipamentos e recursos para atender doentes e evitar o aumento dos mortos. Um trabalho de investigação que não pode ser contaminado pela disputa política.
O conselho de Collor
Com a experiência de quem enfrentou um impeachment e renunciou, sem base de apoio no Congresso, o senador Fernando Collor de Mello (Pros-AL) vê risco de impeachment no horizonte de Jair Bolsonaro. Por isso, comemora a aproximação do presidente a um homem que foi líder de sua tropa de choque lá nos anos 1990: Roberto Jefferson. De acordo com Collor, um político valoroso. Presidente nacional do PTB, Jefferson não esconde a admiração por Bolsonaro.
FGTS na pandemia
O deputado Heitor Schuch (PSB) tenta liberar o Fundo de Garantia para os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário, mas que foram demitidos em meio à pandemia. Pela legislação, eles não podem mais retirar o saldo do FGTS. Schuch ressalta que o país está em estado de calamidade pública e, por isso, deveria haver exceção. O deputado gaúcho vai aproveitar uma MP que trata sobre medidas trabalhistas para acrescentar uma emenda.
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