Além de não conseguir reagir nas pesquisas, o candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, enfrenta uma investigação. O Ministério Público de São Paulo resolveu abrir inquérito para apurar desapropriações que podem ter beneficiado parentes do ex-governador. Em tempos normais seria mais um investigado, dentro da infeliz rotina que tomou conta da política brasileira. Mas às vésperas de uma eleição conturbada, é uma pedra no difícil caminho de Alckmin.

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O sonho do PSDB era carregar nesta eleição a bandeira do combate à corrupção. Mas assim como PT, MDB, PP e PR, também o partido de Fernando Henrique Cardoso está marcado pelos escândalos. Aécio Neves é candidato a deputado federal e não deixa ninguém esquecer do caso JBS. Portanto, um inquérito do MP nunca pega bem. Alckmin está com a corda no pescoço. Precisa provar para os famintos aliados do centrão que tem condições de passar ao segundo turno, caso contrário será abandonado.

Há um ano, tucanos importantes diziam em Brasília que a eleição de 2018 era a chance do partido voltar ao poder. Agora, eles não se entendem sobre a estratégia a ser adotada para recuperar eleitores. Alckmin errou no tom da campanha, ao não conseguir assumir junto ao eleitorado mais conservador o papel principal de antipetista. Agora, bate em dois adversários, na ânsia de se recolocar. 


 

DEMOCRACIA 

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Já na primeira agenda nos Estados Unidos, o presidente Michel Temer precisou afirmar que não há risco à democracia brasileira. Durante encontro com mais de cem empresários, Temer assegurou que nenhum presidenciável colocou em dúvida a democracia e que não há “espaço político para que prosperem alternativas ao estado democrático de direito”. 

 
REFORÇO 

O PT entrou com uma petição no TSE pedindo o reforço na segurança da candidata Manuela D’Ávila (PCdoB). De acordo com o partido, a vice de Fernando Haddad tem recebido ameaças nas redes sociais após uma página no Facebook ter divulgado informações de que ela teria recebido ligações de Adélio Bispo – o homem que cometeu o atentado contra Jair Bolsonaro (PSL). O PT também pede direito de resposta contra essa página por ter divulgado informações falsas, além de tentar manipular a opinião pública.  

 

NA PROMESSA 
Assinado e anunciado pelo presidente Michel Temer durante a Marcha dos Prefeitos, em maio, o decreto que flexibiliza o uso das UPAS ainda não foi regulamentado. O Ministério da Saúde informou que não existe data para publicação da regulamentação. 

 

FRASE 

“A reanálise dessa matéria ocorrerá em 2019, porque avizinhando-se as eleições não é conveniente que se ocorra no momento presente”.  – Marco Aurélio Mello

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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a prisão em segunda instância. Se a Corte mudar o atual entendimento, o ex-presidente Lula pode ser solto.  

 

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