O governo Michel Temer fecha o ano amargando uma derrota e mais desgaste em razão do indulto de Natal. De maneira arrogante, o ministro Torquato Jardim (Justiça) havia reconhecido que essa era uma decisão política do presidente da República. Pois a iniciativa, que beneficiava os criminosos da Lava-Jato, teve itens derrubados por uma liminar concedida pela ministra Cármen Lúcia. Presidente do Supremo Tribunal Federal, ela acertou ao responder com rapidez à ação da Procuradoria-Geral da República. Uma demora ou hesitação poderia alimentar ainda mais a impressão de que existe uma operação abafa contra a Lava-Jato. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, alertou: decreto do indulto favorece claramente a impunidade. Cármen Lúcia vetou pontos do decreto, alertando que “indulto não é prêmio ao criminoso”. Com o fim do recesso, o processo ficará sob a relatoria do ministro Luis Roberto Barroso. A tendência é de que ele acompanhe o mesmo entendimento da presidente do Supremo.
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SEM ARREPENDIMENTO
Em conversa com a coluna, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) afirmou que não se arrepende de ter dito a polêmica frase sobre o financiamento público e o apoio à reforma da Previdência. A repercussão negativa obrigou o ministro a lançar uma nota com explicações. Ele nega que esteja condicionando a ajuda aos governadores ao apoio à reforma.
VERANEIO
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Depois da enfrentar a primeira polêmica no cargo, o ministro Carlos Marun viaja para a casa de familiares litoral do Rio Grande do Sul, onde passa o Réveillon. Apesar de ser uma figura polêmica, disse que pretende manter a rotina de todos os veraneios, com a tradicional caipirinha de abacaxi no Bar do Tato. Ele estará em Brasília na terça, mas pretende voltar para o litoral gaúcho nos fins de semana de janeiro.
FRASE
“Creio que não haverá prêmios a criminosos no Brasil. Vivemos tempos diferentes em nosso país, apesar de certa relutância nessa compreensão. O mundo está nos observando”, do juiz Marcelo Bretas, sobre a decisão do STF que suspendeu pontos do indulto de Natal.
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