A Operação Lava-Jato completa quatro anos, mas governos e partidos políticos nada aprenderam com o resultado das investigações. Os líderes políticos continuam indicando laranjas para cargos de segundo e terceiro escalão na estrutura pública, sem qualquer preocupação com a qualidade do serviço. A prova de que as indicações de baixo nível continuam é o caso do menino de 19 anos, responsável por um orçamento milionário, que foi exonerado do Ministério do Trabalho.
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Se não fosse a reportagem denunciando que uma pessoa despreparada estava exercendo a função graças a um padrinho político, ele continuaria a assinar despesas, em pleno ano de eleições. Esse rapaz é o símbolo do que se repete pela Esplanada e nas estruturas federais pelos Estados. Apadrinhados com missões pouco republicanas, como o famoso diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, continuam espalhados pelas estatais.
Conectados
Diante da escassez de pautas positivas, o presidente Michel Temer fez questão de participar de um evento que reuniu centenas de prefeitos, ontem, em Brasília. Em seu discurso, anunciou a ampliação da cobertura de internet banda larga no país. A medida pode beneficiar 118 municípios em Santa Catarina.
Em campanha
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O clima de campanha ficou evidente nos discursos dirigidos à plateia de prefeitos. Uma das presenças mais notadas foi a do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que foi aplaudido por um grupo que acompanhava a cerimônia. Prefeitos mais empolgados chegaram a puxar o grito de “Alckmin presidente”. Sorridente, o tucano aproveitou o clima de campanha para tirar fotos com os convidados.
Segurança
Secretários estaduais de segurança se reúnem pela primeira vez com o ministro Raul Jungmann. Será na próxima quinta-feira, em Brasília. Na pauta, a estratégia do governo federal de unificar ações contra o crime. Além dos R$ 42 bilhões prometidos por empréstimos do BNDES, os gestores estaduais pedem reforço da atuação nacional nas fronteiras e recursos para os presídios.
Frase
“Causa perplexidade que assuntos republicanos de tamanha importância sejam tratados em convescotes matutinos ou vespertinos”
Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, sobre o encontro entre o presidente Michel Temer e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármem Lúcia, no fim de semana.
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