A dois meses para o final do ano, o Ministério da Economia finalmente vai apresentar um pacote com o objetivo de incentivar a geração de empregos. O secretário da Previdência, Rogério Marinho, afirma que medidas como microcrédito, qualificação profissional, carteira verde-amarela (flexibilização de regras trabalhistas) serão apresentadas e encaminhadas ao Congresso em novembro. Diante dos números, cerca de 13 milhões de desempregados, o governo demorou demais a tomar essa iniciativa. A justificativa é que todas as atenções estavam voltadas para as negociações envolvendo a reforma da Previdência, que deverá ser votada em segundo turno ainda nesta terça-feira, dia 22.
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A próxima etapa depende da retomada da confiança dos investidores e da aprovação de medidas no Congresso. Na ânsia de colocar o mercado de trabalho para funcionar, o que o Planalto não pode é confundir informalidade com empreendedorismo, por exemplo. A aprovação das mudanças nas aposentadorias é importante, mas não melhorou o humor dos mercados na proporção esperada. Tudo porque ainda falta uma maior estabilidade política.
Spinraza no SUS
A inclusão do medicamento Spinraza – único no mundo recomendado para o tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME) – no Sistema Único de Saúde (SUS) será tema de audiência pública nesta terça-feira na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, organizada pela deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC). O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Denizar Vianna Araújo, vai explicar como e em quais locais o medicamento será aplicado nos pacientes. A incorporação do Spinraza, cuja dose custa mais de R$ 200 mil, está prevista para esta quinta-feira, dia 24.
Mudou
A assinatura do deputado Daniel Freitas (PSL-SC) mudou de lista. Na semana passada, ele defendeu a permanência de Delegado Waldir (GO), então líder do partido na Câmara. Mas Freitas voltou para Brasília em pleno domingo para marcar apoio a Eduardo Bolsonaro (SP) na liderança. Ele atendeu a um chamado de Major Vitor Hugo (GO), líder do Governo na Câmara.
— Houve um momento em que aconteceu uma rachadura e vários deputados não sabiam, pela própria indefinição daquele momento, de que lado deveriam ficar – disse Vitor Hugo, em vídeo, ao lado do catarinense.
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Apagando incêndio
— Não pretendemos sair do partido, mas o partido precisa mudar.
A frase é do deputado bolsonarista Coronel Armando, que trabalhou nos últimos dias para conseguir as assinaturas necessárias para emplacar Eduardo Bolsonaro na liderança do PSL na Câmara. A brincadeira no Salão Verde é que o Coronel vai trocar de corporação: do Exército para o Corpo de Bombeiros.