Quem se espanta com o número de generais no governo não entendeu Jair Bolsonaro. Capitão da reserva, deputado federal do baixo clero, integrante de um partido (PSL) até então sem quadros importantes, o novo presidente da República foi buscar na caserna nomes de confiança, conselheiros e estrategistas de guerra para conduzir áreas complicadas como infraestrutura. Como não quer aceitar indicações de partidos políticos e tem pouca interação com o setor privado, Bolsonaro vai formando a sua equipe com nomes que ele sempre admirou.
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Ao mesmo tempo, o presidente é fiel ao eleitor que o apelidou de mito e esperava, mesmo, um governo de generais. No Congresso, no entanto, o clima é de desconfiança quanto à capacidade de articulação política do novo governo. Está concentrada nas mãos do futuro ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) a missão de fortalecer a ponte com o parlamento para votação de temas complicados, como a reforma da Previdência.
Articulação
O deputado Jorginho Mello (PR) foi chamado para uma conversa pelo ministro extraordinário Onyx Lorenzoni (DEM). Responsável pela articulação política, Onyx está fazendo rodadas de reuniões com parlamentares aliados na Câmara.
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Ele conhece
Ex-diretor do DNIT no governo Dilma, o futuro ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, conhece bem a realidade das estradas em Santa Catarina. Por diversas vezes ele recebeu parlamentares catarinenses para discutir investimentos no Estado. Técnicos da área de Transportes e planejamento da União comemoraram a indicação.
Cresceu
O presidente eleito Jair Bolsonaro reconhece que o número de ministérios chegará a quase 20. A ideia inicial era manter a Esplanada em no máximo 15 pastas, mas ficou complicado assegurar vários superministérios.
Convergência
Ainda se recuperando de uma pneumonia, o senador Renan Calheiros (MDB-CE) usou as redes sociais para falar sobre um “amor” que tem em comum com o presidente eleito Jair Bolsonaro:
– Eis uma grande convergência que tenho com @jairbolsonaro: o amor pela estrela solitária do Botafogo. E hoje, nos emocionamos com a despedida do mito: o goleiro Jefferson.
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Frase
Toda a população vai pagar a conta, não só eu. – Jair Bolsonaro, presidente eleito ao ser questionado sobre o aumento de 16,38% dos ministros do STF sancionado por Michel Temer.