*Por SIlvana Pires, interina
Demorou, mas foi marcada a data em que o futuro de Paulo Maluf (PP-SP) como deputado federal será decidido pela mesa diretora da Câmara. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agendou para 7 de agosto a análise do caso, oito meses após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinar a prisão e a perda do mandato após condenação por crime de lavagem de dinheiro, na época em que era prefeito de São Paulo.
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A decisão está nas mãos de apenas sete parlamentares, incluindo Maia. Um deles é André Fufuca (MA), colega de partido de Maluf, que disse à coluna que só tomará uma decisão após analisar o relatório da corregedoria da Câmara. Por ser um grupo pequeno, fica mais complicado ocorrer tentativa de corporativismo para salvar o colega da cassação, diferentemente do que tem acontecido tanto no Conselho de Ética quanto no plenário da Câmara.
Nesta legislatura, apenas o ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (DEM-RJ) foi cassado pelos colegas. Há poucos dias, as ações por quebra de decoro parlamentar contra Celso Jacob (MDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC) foram arquivadas – ambos cumprem pena em regime aberto e semiaberto, respectivamente.
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Vaquinha virtual
A pré-candidata à presidência da República Marina Silva (Rede) aderiu à vaquinha virtual para doações de campanha. Ontem, no dia da estreia, até as 18h, arrecadou quase R$ 27 mil, com 184 doações. Uma média de R$ 146 para cada doação. A meta da campanha é alcançar R$ 300 mil, que será usado para custear as viagens pelo Brasil e produção de vídeos e materiais gráficos.
Fake news
Com tantos problemas na saúde do país, chega a ser inacreditável que o governo federal se veja obrigado a gastar com campanhas de comunicação para combater as fake news relacionadas à vacinação. Informações erradas sobre os efeitos das vacinas estão sendo difundidas em redes sociais, o que acaba gerando desconfiança na população. E o período não poderia ser pior: o Brasil enfrenta dois surtos de Sarampo, além do baixo número de procura pela imunização.
Sem vice
As viagens do presidente Michel Temer ao exterior têm provocado um gasto extra para a Câmara e o Senado. Como o Brasil está sem vice-presidente desde o impeachment, os presidentes das duas Casas, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (MDB-CE), precisam se ausentar também do país, para não se tornarem inelegíveis. Em função disso, o deputado Rodrigo Garcia (DEM-SP) protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição para que aqueles que ocuparem à presidência seis meses antes das eleições, em casos como esses, não sejam proibidos de concorrer.