A escolha do presidente eleito Jair Bolsonaro para o novo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos é uma resposta às pressões da bancada evangélica. Damares Alves é advogada, pastora evangélica e conhecida na Câmara por participar das comissões, sempre na linha de frente da chamada pauta conservadora.
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Basta procurar nas redes sociais para encontrar vídeos de palestras da futura ministra contra a questão de gênero e em uma cruzada contra o kit gay nas escolas públicas, algo que na prática não existiu. Damares tem um discurso afinado com o do presidente eleito, conta com o apoio da bancada da Bíblia e ainda é assessora do senador Magno Malta (PR-ES). Amigo de Bolsonaro, ele não se reelegeu e ficou no sereno. Depois de espalhar que seria ministro, não foi escolhido em razão da biografia. Poderia representar desgaste para o futuro governo.
Dono do cofre
Uma das áreas mais sensíveis do Ministério da Saúde deve ficar sob o comando de um militar. O futuro ministro, Luiz Henrique Mandetta, quer alguém com experiência em gestão e logística para chefiar o departamento responsável pela compra de medicamentos e vacinas. Os principais nomes do secretariado devem ser anunciados na próxima terça-feira.
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Agricultura familiar
A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, recebe na próxima quinta-feira os representantes das federações dos trabalhadores na agricultura (Fetag) dos três Estados do Sul. Esse primeiro encontro foi intermediado pela Frente Parlamentar da Agricultura Familiar que, inclusive, irá sugerir nomes para a Secretaria da Agricultura Familiar (Sead), que voltará a ser comandada pela pasta.
Verde-Oliva
O deputado eleito Coronel Armando (PSL-SC) escolheu dois amigos de farda para compor o gabinete em Brasília a partir de fevereiro. O chefe de gabinete será um general e o assessor para assuntos orçamentários será um coronel. Questionado se eles têm experiência parlamentar, Coronel Armando afirmou que os dois "já representaram o Brasil no exterior".
FRASE
Foi criada nesta nação a falsa guerra entre cristãos e LGBTs. Esta guerra não existe e nós vamos mostrar. Dá pra gente sentar, conversar e dialogar. Nós vamos, inclusive, fazer seriamente o enfrentamento da violência contra a comunidade LGBT. – Da futura ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves
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