O que já era impossível, virou um fiasco. A primeira reunião organizada com o intuito de se costurar um acordo entre os candidatos de centro em torno de uma única candidatura que represente uma terceira via fracassou. Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) não apareceram no encontro organizado pelo grupo chamado de “Não aos Extremos”.
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Seguindo sugestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a iniciativa tem o objetivo de evitar a radicalização, mas é tarde demais para esse tipo de acordão. Essa união de forças em torno de um projeto mais equilibrado deveria ter ocorrido antes da campanha. Mas diante da crise econômica, do desastre do governo de Michel Temer, da condenação do ex-presidente Lula, todos achavam que tinham chance de vitória. A polarização que toma conta do país há mais de quatro anos está vencendo a parada, com Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) com passaporte para o segundo turno.
O país está mais uma vez rachado. Mas é tarde demais para casamentos de conveniência. Além disso, quem disse que o eleitor iria se empolgar com um nome de centro apoiado por candidatos e forças que até agora não conseguiram convencer?
Fiozinho
Um dos organizadores do encontro a favor de uma candidatura de centro, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior afirmou à coluna que ainda tem um “fiozinho de esperança” de que seja possível o acordo sobre uma terceira via na disputa à presidência. Mas ele reconhece que tudo ficou ainda mais complicado depois que FHC disse que o nome seria Geraldo Alckmin.
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Dono da bola
A campanha que mais recebeu recursos do PSL, partido de Jair Bolsonaro, não foi a de Presidência da República. Fundador do partido, o empresário Luciano Bivar (PE) já recebeu R$ 1,8 milhão para a candidatura a deputado federal. Isso representa 20% de todo fundo eleitoral da legenda.
Biometria
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, confirmou para esta quarta (26) a análise do recurso do PSB contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cancelou títulos de eleitores que não fizeram o cadastramento biométrico. No país, cerca de 3,3 milhões de pessoas perderam o prazo e podem não votar nas eleições deste ano. Em Santa Catarina, 125.585 eleitores não fizeram o cadastramento.
Frase
“Como depende de votação em primeiro e segundo turnos, de repente pode suspender a intervenção”. – Do presidente Michel Temer, em Nova York, admitindo que pode suspender a intervenção no Rio de Janeiro para votar a reforma da Previdência.
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