O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Congresso foram alertados pela Polícia Federal há mais de um ano de que a campanha eleitoral nas redes sociais poderia sair do controle. À época, o pedido era para que se organizasse um aparato robusto de controle, com atenção às fake news e à possibilidade de caixa 2 digital. O aviso ocorreu a partir de um caso envolvendo a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que foi vítima de ataques criminosos nas redes.
Continua depois da publicidade
Quando a PF foi acionada, informações falsas que atingiam a reputação da parlamentar já haviam sido visualizadas por milhares de pessoas.
À época, a Justiça Eleitoral estava preocupada em azeitar os mecanismos de controle de caixa 2 que poderia surgir na prestação oficial de contas, com a utilização de laranjas e o combate à compra de votos. Mas, no submundo das redes sociais, uma campanha paralela floresceu, garantindo a candidatos sem tempo de TV uma visibilidade nunca imaginada. Marqueteiros sintonizados com o mundo digital trabalharam com dezenas de grupos para levar informações sobre os candidatos aos eleitores.
O mesmo mecanismo também foi utilizado para a disseminação de notícias falsas. O lance mais recente é a reportagem da Folha de S.Paulo sobre o impulsionamento de notícias contra o candidato Fernando Haddad (PT), patrocinado por empresários. Uma denúncia que caiu no colo da Justiça Eleitoral. O MP e a PF terão que esclarecer se houve ou não irregularidades. O problema é que o segundo turno já está quase no fim. Com mentalidade analógica, as autoridades despertaram tarde demais.
Fake news
Continua depois da publicidade
Quem conhece os corredores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que os ministros estão batendo cabeça sobre as ações viáveis neste segundo turno para o controle de notícias falsas, inclusive envolvendo as urnas eletrônicas. É consenso que faltaram informações aos eleitores, inclusive sobre o passo a passo da votação, e maior comprometimento de partidos e candidatos.
Pacto federativo
A bancada catarinense vai insistir na revisão do pacto federativo na Câmara e no Senado em 2019, mesmo sabendo que o assunto é difícil de ser aprovado. Esperidião Amin (PP), eleito senador, e Gilson Marques (Novo), eleito deputado, já se manifestaram contra o cálculo atual. Em 2017, Santa Catarina repassou R$ 50,3 bilhões para a União, mas só recebeu de volta R$ 4,6 bilhões.
Mursimo
Neste segundo turno presidencial, as expressões apoio crítico e neutralidade são variações dos conhecidos muro e corpo mole. São da mesma família da imparcialidade ativa, criada por José Fogaça (MDB) na eleição de 2010, quando a dúvida era entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
Sobrevivente
Sentado em uma confortável cadeira, em uma mesa de canto do café do Senado, o senador Paulo Paim (PT-RS) recebeu saudações dos colegas que chegavam em Brasília.
Continua depois da publicidade
– Sobrevivente! – brincava um senador, enquanto o abraçava.
No total, o Senado conta com 81 parlamentares. Dos 31 que tentaram retornar à Casa, apenas oito conseguiram. Paim foi o único que se reelegeu das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste – que conta com dez Estados e mais o Distrito Federal.
Leia também:
“Temos que combater as causas dos crimes”, afirma Hélio Costa