A criação de um Ministério da Segurança Pública é factoide a oito meses das eleições. Desde que assumiu a Presidência da República, em maio de 2016, o presidente Michel Temer sabe que a segurança pública é um dos principais problemas do país. À época, assessores mais próximos alardearam que essa seria uma das prioridades, já que o pemedebista teria apenas dois anos e quatro meses de administração pela frente. O tempo passou e até agora uma política nacional de segurança pública não foi implementada. Houve apenas uma reação no auge da crise dos presídios, mas sem efeitos práticos.
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Hoje, quem responde na prática pelas ações de segurança é o ministro Raul Jungmann (Defesa). Mas justiça seja feita: também a então presidente Dilma nada havia feito de efetivo na área de segurança pública. A falência do sistema prisional, base da crise, é resultado de anos de inoperância da União e dos governos estaduais. Sem uma política de segurança pública clara, com planejamento e previsão de recursos, será apenas mais uma pasta para acomodar aliados.
É confisco?
Proposta sobre a reforma da Previdência nos Estados apresentada aos secretários de Fazenda contém duas alternativas para a crise das finanças públicas: a criação de um fundo de ativos ou o aumento de alíquota cobrada dos servidores para até 22%. O secretário Renato Lacerda acompanhou os debates e saiu com a missão de fazer um levantamento sobre o déficit da Previdência pública em Santa Catarina.
— A proposta precisa ser bem estudada para não ferir direitos. Não pode ser um confisco.
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Asfalto
Mais um entrave no caminho das obras de infraestrutura. Há um descompasso entre os preços do asfalto praticados pela Petrobras e o previsto nos contratos com as empreiteiras responsáveis por obras em estradas. O reajuste não ocorre na mesma proporção.
Apressados
De deputados da bancada ruralista sobre a notícia de que o governo pretende colocar em debate a reforma da Previdência, mesmo sem os votos necessários para a aprovação:
— Estão querendo antecipar o fim do governo?
Ele sabe
Se o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), já está dizendo que chegou a hora de mudar a pauta do governo, é porque não tem mais esperança de votar a reforma da Previdência. Responsável pela costura no Senado, Jucá conhece o Congresso como ninguém.
Frase
“Se não se pode votar agora, que se mude a pauta, que se votem outras questões importantes e que se deixe para um momento propício, onde houver maioria, para se aprovar esse tema. Agora, que isso terá que ser votado em um determinado momento, terá que ser votado. O país não pode fugir desse enfrentamento.”
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Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado.