É irresponsável colocar em dúvida o funcionamento da urna eletrônica a menos de 20 dias das eleições. Há seis meses, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou a todos os partidos a oportunidade de acompanhar a preparação das urnas. Nenhum líder político mandou representante.
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Se houve falta de interesse com a fiscalização prévia, a conclusão é uma só: todos estavam tranquilos com o processo. Líder nas pesquisas, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) gravou no último fim de semana um vídeo da cama do hospital, onde se recupera de um atentado. As críticas ao PT, seu principal adversário, estão dentro do roteiro de campanha. Mas ele levanta dúvidas sobre fraudes nas urnas, sem qualquer fato concreto para segurar o argumento.
Esse tipo de questionamento serve para incendiar as redes sociais, mas em nada contribui para a democracia ou para a estabilidade política. Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli (foto), fez questão de dizer que as urnas são seguras e que, neste ano, uma missão da OEA acompanhará o pleito. Ao falar do candidato, o ministro ainda lembrou da importância em se reconhecer a legitimidade desta e de eleições passadas:
– Ele sempre foi eleito pela urna.
Da prisão
A fotografia política da pesquisa CNT/MDA mostra que o plano B do PT vem funcionando, desenhado por um político condenado e preso por corrupção. Hoje faz uma semana que Fernando Haddad foi oficializado como cabeça de chapa no lugar de Lula, que é ficha suja. O levantamento mostra que ele alcançou o segundo lugar, com 17,6% da preferência dos entrevistados. Bolsonaro segue firme na liderança, com 28,2%.
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Que fase
No evento no Ministério da Justiça para instalação do Conselho de Segurança Pública, o ministro Raul Jungmann, distraiu-se e cometeu uma gafe: no discurso, chamou Michel Temer de vice-presidente. Jungmann rapidamente se corrigiu. Houve risinhos abafados.
Vai concorrer
A ex-presidente Dilma Rousseff teve a candidatura homologada pelo TRE-MG e poderá concorrer ao Senado por Minas Gerais. A votação foi apertada, quatro votos a três, mas a maioria entendeu que segue valendo a decisão do Senado que manteve os direitos políticos de Dilma, apesar do impeachment. Entre as ações que questionavam a candidatura estava a de Danielle Cunha – candidata a deputada federal pelo Rio. Danielle é filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que foi quem deflagrou o processo de impeachment na Câmara Federal.
Frase
“Essa decisão mostra que o Senado acertou em manter os direitos políticos da Dilma, e o fez e acordo com a legislação em vigor. Seria uma imensa injustiça se ela não pudesse ser candidata nesta eleição.”
– Renan Calheiros (MDB-AL), senador, sobre a decisão do TRE de Minas Gerais que manteve a candidatura de Dilma ao Senado
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