É uma pena que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) não tenha sido liberado pelos médicos para participar dos debates. Vítima de um atentado, ele ainda se recupera e só deve receber autorização para participar de atividades públicas no dia 18. Isso limitará o número de confrontos diretos entre Bolsonaro e o petista Fernando Haddad provavelmente a dois encontros.

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O segundo turno de uma eleição serve para que as propostas dos candidatos fiquem mais claras, para que o eleitor saiba o que o plano de governo de cada um prevê para o país e para a comparação de ideias. Plebiscitária, essa é uma eleição que deixou de lado questões práticas, que terão reflexo no bolso do brasileiro a partir de 2019. Um dos principais temas é a reforma da Previdência. 

Nesta primeira semana de campanha, os dois candidatos estão fazendo discurso contra os privilégios da elite do serviço público. Bolsonaro chegou a resgatar o bordão do ex-presidente Fernando Collor, dizendo que vai acabar com a fábrica de marajás. A partir de quinta-feira, as campanhas na TV serão retomadas, agora com o mesmo tempo para os dois presidenciáveis. Talvez os planos de governo deixem de ser um mistério.    

 

Lula sumiu

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Lula sumiu da campanha de Fernando Haddad (PT). De uma hora para outra, a foto do ex-presidente desapareceu do logo usado nas redes sociais e uma nova marca destaca as cores verde, amarelo e azul. Haddad finge que se descola do padrinho para angariar votos fora do grupo dos convertidos. Articulador experiente, o ex-ministro Jaques Wagner já saiu em busca de alianças.

 

Aqui se faz…

Lula puxou o tapete de Ciro Gomes no primeiro turno, tirando o PSB da aliança com o pedetista. Agora, o PDT vai fazer corpo mole na campanha de segundo turno. Só para provocar, a senadora Kátia Abreu sugeriu que Haddad deixe a campanha em nome de Ciro, que seria bem mais competitivo contra Bolsonaro.


Tem lado

Senador eleito, o deputado Jorginho Mello (PR) não ficará neutro na disputa ao governo de Santa Catarina neste segundo turno. Ele, que assumiu apoio a Jair Bolsonaro (PSL) ainda durante a campanha ao Senado, anunciará o preferido no Estado nos próximos dias.   

 

FRASE 

– Quem ganhar vai assumir normalmente; quem perder vai reclamar, teremos oposição. – Do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ao afirmar que não vê risco para a democracia no segundo turno 

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