Único deputado da bancada de Santa Catarina a votar contra a reforma da Previdência e único petista catarinense a ser eleito para Câmara Federal, Pedro Uczai reconhece que a esquerda não teve capacidade de apresentar um projeto alternativo às bandeiras de Bolsonaro no Estado. Confira na entrevista a seguir:

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Como é relação com a bancada catarinense?
O partido Novo que digladia ideologicamente, mas nada de desrespeito pessoal. Aos demais, tenho profundo respeito, tanto é que no debate de emendas de bancada não fiquei isolado.  

É mais fácil ser situação ou oposição?  
É mais fácil ser oposição, porque quando tu és governo tem mais responsabilidade em criar políticas públicas e resultados.  

O que o senhor acha do governo de Carlos Moisés (PSL)?  
Ele tem um perfil diferente do governo Bolsonaro. Não é essa ofensividade combativa de eleger inimigos e traz pautas polêmicas, mas necessárias, como a tributação verde.

O senhor gastou 97% do orçamento da verba de gabinete…
Estamos realizando 12 seminários sobre o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). É investimento e está dentro da lei. Essa demonização do gasto do parlamentar é despolitizante e de moralismo barato.

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Por que o senhor é a favor do Fundo Partidário, o Fundão?
Demonizar o Fundão é cair nos braços de uma elite econômica que vai financiar as campanhas. O PT se utilizou de dinheiro privado para fazer campanha, e essa é uma autocrítica que precisamos fazer porque não propusemos uma reforma política que deveria ser feita. Se tem uma coisa boa que a Operação Lava-Jato fez foi essa: trazer à tona a relação promíscua entre empresariado e política.

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