Um diálogo canastrão em frente ao Palácio da Alvorada marcou a saída da atriz Regina Duarte da Secretaria Especial de Cultura. Ela e o presidente Jair Bolsonaro fazem um jogral para justificar que a atriz vai ficar com um prêmio de consolação, a Cinemateca de São Paulo.

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Regina, no entanto, já estava na frigideira do presidente há bastante tempo. A ala ideológica vinha alimentando críticas nas redes sociais, principalmente porque a atriz havia afastado indicações da ala olavista. A atriz, no entanto, perdeu o apoio da própria classe artística. Em uma entrevista à CNN, ela minimizou o horror das torturas durante o período da ditadura militar.

Na prática, a Cultura jamais foi uma prioridade do governo Bolsonaro. Além de perder o status de ministério, enfrentava problemas de orçamento e até controle dos trabalhos . O primeiro a assumir a Secretaria, o gaúcho Henrique Pires, saiu do governo à época, reclamando de censura.