Há uma cultura da corrupção entranhada no Brasil, que vai da corridinha indecente do homem da mala à gigante do agronegócio que fraudava o controle da salmonela no frango exportado. Em Brasília, ainda não caiu a ficha, mas uma nova ordem precisa ser implementada. Caso contrário, tanto prejuízo político e econômico será em vão.
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O que a Polícia Federal e o Ministério Público vêm desvendando é que empresas públicas e privadas – muitas vezes com ajuda de políticos – burlam regras, driblando a fiscalização, com a certeza da impunidade. Na mais recente, a Operação Trapaça, o que a PF descobriu é que a BRF tentava engambelar rigorosos importadores. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a pasta está trabalhando com os investigadores e que o consumidor interno não precisa se preocupar com a qualidade do frango vendido no mercado interno. Mas esse escândalo atinge, sim, a imagem do Brasil nos mercados externos. O novo nome do entrave comercial é barreira sanitária e, segundo a PF, a BRF está dando motivos para desconfianças e sanções.
DILEMA
Amanhã, na reunião com prefeitos de capitais, o governo federal vai oferecer mais uma vez linha de financiamento do BNDES. A grande questão é: diante da crise financeira, quantos prefeitos terão condições de se endividar para investir em segurança? O prefeito em exercício, Guilherme Pereira, representará Florianópolis.
BADALANDO
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O ponto alto da caravana do ex-presidente Lula em Santa Catarina será o evento em Florianópolis. A previsão dos organizadores é de que será em um lugar aberto, para receber a militância. Deputados federais e estaduais estarão presentes. A ex-ministra Ideli Salvatti aproveitará para voltar ao palanque. A caravana ocorrerá no dia 24, em Floripa e Chapecó, e no dia 25 em São Miguel do Oeste.
CABEÇA DE JUIZ
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) resolveu garantir toda transparência para o julgamento da ação que tenta impedir a execução da pena do ex-presidente Lula. Haverá, inclusive, transmissão da sessão na Internet. A tendência é que o STJ não conceda o habeas corpus.
Frase
“A população vê a ameaça de uma pessoa portando um fuzil, mas não vê a esperança em um professor segurando um lápis, um livro, um computador dentro de uma boa escola”, do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), tentando alertar a população para o que realmente vai resolver a crise na segurança.