De olho no próximo governo, forças políticas já buscam parcerias

Os bastidores da capital federal já estão em ritmo de day after. Diante da vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas, e na falta de algum fato que tenha alterado os rumos da campanha, pelo menos até aqui, as forças políticas adiantam a disputa por vagas na Esplanada.

No Congresso, as negociações sobre as presidências da Câmara e do Senado também já começaram, evidenciando uma disputa entre parlamentares veteranos e novatos. Se as urnas confirmarem as pesquisas, um novo grupo assumirá o poder a partir do dia 1º de janeiro.

Há pouca informação sobre a equipe de Bolsonaro. Figuras conhecidas em Brasília, como o atual ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, tem se aproximado de assessores do capitão, inclusive acenando com apoio à governabilidade.

No MDB, os neobolsonaristas também alimentam a esperança de conseguir um ministério, em caso de vitória de Bolsonaro. Na cúpula da campanha do PSL, não há autorização para falar em nomes para ministérios. Até agora, só o deputado Onyx Lorenzoni (DEM), o general Augusto Heleno e o presidente do partido, Gustavo Bebianno, estão na lista de ministeriáveis. 

BEM-VISTO 

O voto movido pelo ódio, em que o eleitor escolhe o que acha “menos pior”, pode definir a presidência da Câmara. Um parlamentar, colega de partido de Rodrigo Maia (DEM-RJ), está confiante que ele será reconduzido ao posto na próxima legislatura.  

— Ele não é o candidato dos sonhos de nenhum lado, mas é bem aceito tanto pela esquerda quanto pela direita – alerta o parlamentar. 

BAIXO NÍVEL 

A última semana de campanha ficará marcada pelo baixo nível da disputa nas redes sociais, com a disseminação de vídeos e memes atacando diretamente a imagem de candidatos. Essa onda atingiu o Rio Grande do Sul e São Paulo. João Doria (PSDB), por exemplo, foi para as redes desmentir um desses ataques ao lado da mulher Bia Doria. Enquanto isso, o vídeo já era o principal assunto entre deputados no Salão Verde da Câmara.

MOBILIDADE 

O senador Dalírio Beber (PSDB-SC) e o prefeito de Gaspar, Kléber Wan-Dall (MDB), estiveram na Caixa Econômica Federal em Brasília na tarde de ontem para tratar de um empréstimo de R$ 60 milhões para o município. A expectativa é conseguir o dinheiro até o final do ano para pagar obras de mobilidade, mas saíram sem promessa de liberação. A Câmara de Vereadores já aprovou que o município faça o empréstimo.  

FRASE 

Esse tipo de referência é absolutamente imprópria, inadequada, precisa ser repudiada. E acho que o país precisa voltar a respirar ares democráticos, independentemente de resultado eleitoral. – Gilmar Mendes, ministro do STF ao comentar a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, que afirmou que é possível fechar o STF com um cabo e um soldado.

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