A pesquisa Datafolha divulgada a três dias das eleições presidenciais mostra Jair Bolsonaro (PSL) perdendo três pontos (com 56%) e Fernando Haddad (PT) ganhando três pontos (com 44%), mas ainda é firme a vantagem do capitão. Com uma rejeição de 52% é difícil que Haddad consiga reverter essa diferença de 12 pontos apontada pela pesquisa até o próximo domingo.

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Seria uma virada fulminante, complicada diante a ausência de um fato novo. Bolsonaro continua surfando na onda conservadora, mas sentiu o golpe do aumento do tom do adversário e das bobagens contra o STF ditas pelo filho. Tanto que ele saiu da zona de conforto e gravou um vídeo, convocando os aliados a deixarem de lado o clima de já ganhou, assim como a campanha dos governadores, e pediu que se empenhem na campanha nesta reta final. Além disso, o candidato amenizou o discurso, voltando atrás em alguns anúncios.

Como última cartada, Haddad exagera nas promessas que atingem o eleitorado de mais baixa renda, acenando com aumento do Bolsa Família, do salário mínimo e com a redução do preço do gás. Além disso, reforça a discussão sobre os riscos para a democracia, lembrando das frases de Bolsonaro a favor da ditadura militar e de torturador. Se as urnas confirmarem essa pesquisa, o candidato do PSL sairá vitorioso, mas com uma oposição robusta do outro lado. 


Fusão desastrada 

É péssima a ideia de fundir os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. O próprio agronegócio poderá sair prejudicado, abrindo o flanco para a imposição de barreiras ambientais. Ministro da Agricultura, produtor e exportador de soja, Blairo Maggi sabe disso e sugeriu ao candidato Bolsonaro que volte atrás na ideia de transformar as duas pastas em uma só, caso seja eleito. Bolsonaro disse que pretende conversar com os ruralistas sobre o assunto. 

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Imobiliária 

Apesar de não ter concorrido nestas eleições, o senador Dalírio Beber (PSDB-SC) já pensa em voltar para a política. À coluna, ele afirmou não ter participado da disputa por conta dos planos do partido, mas que continuará filiado pelo menos até 2020, quando acontecem os pleitos municipais. Enquanto isso, ele se dedicará à imobiliária que tem em Blumenau.  

— Desempregado eu não quero ficar – brincou. 

 

FRASE 

As fake news são o lado gângster e canalha da comunicação online, é um vírus que precisa ser combatido. E a Justiça, tomando ciência das coisas, tem de sair em combate a essa gravíssima ilicitude. – Ayres Brito, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.

 

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