Apesar de concordarem que a crise na Venezuela exige resposta, países que integram o Grupo de Lima estão em uma saia-justa, incluindo o Brasil. A repetição dos confrontos nas fronteiras, com mortos e feridos, agrava o impasse. Até agora, não há indicativo de intervenção com o uso da força. O vice-presidente general Hamilton Mourão define como “canoa furada” qualquer intenção neste sentido.
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Ele está na Colômbia, onde vai participar de encontro com o grupo para definir a linha de atuação. O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, também confirmou presença. Para analistas, o envio de ajuda humanitária incentivada pelos americanos foi um teste para avaliar o comportamento de Maduro frente à pressão e a lealdade dos militares venezuelanos a ele.
O objetivo seria antecipar sua reação em caso de uma intervenção armada. Apesar dos discursos duros, o Brasil torce para que a crise seja resolvida no âmbito diplomático. Assim, o governo sairia com os louros de ter tentado enviar ajuda e sem o ônus que uma intervenção militar poderia causar.
Dia D
O julgamento da ação que poderá permitir a redução de jornadas e salários de servidores quando a despesa com pessoal ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal é aguardada para quarta-feira, no STF. Os ministros irão decidir se o ato viola a Constituição. Sindicatos de diversas categorias do funcionalismo sustentam que a redução dos vencimentos é inconstitucional.
Divididos
Dois grupos disputam nos bastidores a liderança do bloco antigovernista na Câmara. O primeiro, liderado por Alessandro Molon (PSB-RJ), é formado por PT, PSOL, Rede e PSB e se define como “oposição puro sangue”. O outro, que tem Jandira Feghali (PCdoB-RJ) à frente, é criticado pelo primeiro pela proximidade com siglas como Solidariedade e Podemos.
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Mudanças
O governo deverá mudar não apenas o nome do programa Mais Médicos, mas seu foco. O objetivo é deixa-lo mais enxuto, voltado apenas às regiões de difícil acesso do país. Mas, centros urbanos que contam com profissionais não devem ter prejuízos, segundo o Ministério da Saúde. O novo modelo será apresentado em março.
Classificação
O senador Jorginho Mello (PR-SC) quer que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado avalie os critérios usados pela Secretaria do Tesouro Nacional para classificar a situação fiscal dos Estados. Ao sustentar que a metodologia não é clara, ele usa o caso de Santa Catarina, que possui baixo índice de endividamento, mas é classificada com a nota C, o que interfere na obtenção de empréstimos com juros mais baixos.