*Por Silvana Pires, interina
Antes mesmo de retornar ao Brasil, o presidente Michel Temer já mandou recado de que a prioridade do governo é a retomada das articulações para aprovar a reforma da Previdência – uma tarefa nada fácil para quem está com a base no Congresso enfraquecida e depende do cálculo de parlamentares que evitam indisposição com o eleitor em ano de pedir votos. Os donos das famosas planilhas de votação falam que Temer tem em torno de 275 votos, mas são necessários 308 para aprovar as mudanças.
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Matematicamente, a diferença não é grande. No entanto, o governo sabe que a realidade é dura, tanto que já estuda desidratar ainda mais a proposta. Uma aproximação com a bancada da bala está sendo avaliada, mas terá como preço aprovar regras diferenciadas de transição para os policiais, entre outros benefícios. O plano pode se tornar uma armadilha, já que um dos principais argumentos do governo federal é de que a reforma acabaria com os privilégios do funcionalismo público.
CADUCOU
A Procuradoria-Geral da República pediu ao STF o arquivamento de inquérito contra o senador José Serra (PSDB-SP), suspeito de irregularidades em doações na campanha de 2010. Como Serra tem mais de 70 anos, o caso prescreveu em 2016, após seis anos. “Desde o requerimento, o fato estava prescrito”, escreveu a procuradora Raquel Dodge, alfinetando o ex-procurador Rodrigo Janot.
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CRÍTICA
Os senadores petistas Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Rocha (BA) usaram as redes sociais para criticar Marina Silva (Rede). Após a condenação de Lula, Marina publicou no Twitter apoio à Justiça e à Lava-Jato. Os parlamentares consideraram uma “vergonha” a opinião da ex-petista e ex-ministra do Meio Ambiente de Lula.
PLANO A
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), durante discurso no lançamento da pré-candidatura de Lula afirmou que não há plano B. O contexto é de que o PT não abre mão de ter o ex-presidente como candidato. Mas a realidade mostra que o partido não se preparou e que o estilo centralizador de Lula não deu espaço para outros nomes crescerem.
FRASE
“Apenas para deixar claro: A Justiça não precisa que suas decisões sejam aceitas para que sejam cumpridas.” Do procurador da Lava-Jato Carlos Fernando dos Santos Lima ao comentar a declaração do líder do MST, João Pedro Stédile, que não aceitará de forma nenhuma que Lula seja preso.