O que antes era folclore agora virou uma crise diplomática. Que os filhos do presidente da República mais atrapalham do que ajudam o governo, até as pedras da Praça dos Três Poderes sabem. Mas, desta vez, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi para as redes sociais provocar a China só para fazer graça para os olavistas e aos admiradores do presidente norte-americano Donald Trump. O deputado, que quase virou embaixador do Brasil nos Estados Unidos, comparou a pandemia de coronavírus ao acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, quando autoridades da antiga União Soviética tentaram ocultaram a dimensão da tragédia.
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Na prática, no entanto, o que Eduardo conseguiu foi um constrangimento junto ao principal parceiro comercial do país. Tudo isso em meio a uma pandemia. O que o Brasil ganhou? Nada. Qual a contribuição do deputado para resolver a queda no PIB que se avizinha? Nenhuma.
Há meses afastado das polêmicas, o general Hamilton Mourão rompeu a trégua estratégica para lembrar que o deputado não representa o governo e cunhou a frase que marcará o episódio.
– Se o sobrenome dele fosse Eduardo Bananinha, não teria problema nenhum – alfinetou o vice-presidente.
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Se o Congresso estivesse funcionando a pleno, o desgaste da família Bolsonaro seria ainda maior.
Um crime
Governador de Goiás e médico, Ronaldo Caiado (DEM) revelou que fiscais do Procon no Estado encontraram em uma farmácia de Goiânia mais de 20 caixas de álcool em gel estocadas e inúmeras máscaras que seriam vendidas a R$ 59. O proprietário foi autuado e a mercadoria, apreendida. Que sirva de alerta.
Senador virtual
O Senado inaugura nesta sexta-feira (20) o sistema remoto de votação. É uma versão preliminar, em que o parlamentar poderá votar pela internet ou por telefone. O vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia, comanda a sessão de uma sala de controle. Ele poderá visualizar todos os colegas em um telão. Os senadores poderão discutir a matéria e votar. Na pauta, o pedido de calamidade pública enviado pela União.