Mais um ingrediente entrou na crise do PSL em Santa Catarina. Desta vez, é sobre a ideia de implantar um consulado da Itália no estado. Quem está se empenhando na iniciativa é a deputada bolsonarista Caroline De Toni. Na semana passada, ela conversou com o embaixador italiano Antonio Bernardini, em Brasília. O principal argumento é que metade da população catarinense tem descendência italiana. Desde o início do ano, inclusive, parte da rede estadual de ensino conta com a disciplina de língua italiana no currículo.
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– Nossa intenção é estreitar os laços diplomáticos com o país e levar um consulado para o estado, afirmou Caroline nas redes sociais.
Um consulado em Santa Catarina também facilitaria serviços como a emissão de cidadanias e passaportes. Mas, segundo fontes do governo do Estado ouvidas pela coluna, a embaixada informou que não há orçamento para uma nova estrutura e as demandas diplomáticas dos catarinenses já são absorvidas pelo consulado em Curitiba (PR). Além disso, representações italianas no Estado realizam alguns serviços prévios para a emissão de documentos em alguns municípios catarinenses. Por isso, o governador Carlos Moisés recuou no assunto.
A briga política entre alas ideológicas da legenda em Santa Catarina começou ainda antes da disputa entre o presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PSL, Luciano Bivar, e o ex-líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (GO). Desde o início do mandato, Moisés tem adotado um tom mais moderado. O bolo desandou quando o governador criou o "ICMS verde", em que o uso restrito de agrotóxicos garante alíquotas menores do imposto aos agricultores – indo na contramão da política ambiental do governo federal.
A coluna tenta contato com a Embaixada da Itália, em Brasília, mas, até o momento, não conseguimos contato.
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*Com Camila Faraco.