Projetos polêmicos que tramitam no Congresso vão ficar para o próximo ano. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), deu a senha no primeiro dia de trabalho do esforço concentrado ao avisar que não criem clima de atrito dentro do Congresso. Isso inclui de privatizações a questões que aumentem o gasto da União, como o pagamento das perdas da Lei Kandir a Estados e municípios. Eunício reconhece que temas ligados à saúde, educação e segurança podem ser votados, desde que não provoquem celeuma no plenário. Quem esteve no gabinete do ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo), nos últimos tempos, ouviu ele falar em análise de reforma da Previdência depois das eleições. Pode ser um desejo do governo, mas, na prática, é outra missão que ficará para 2019. O Planalto já não tem força para emplacar qualquer pauta, e os parlamentares estão com as atenções nas eleições. Basta circular pelo cafezinho da Câmara para notar: eles só pensam em reeleição.
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NO STJ
No começo da sessão de ontem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi retirada da pauta a ação que analisa se o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) fechou três contratos com empresa de advocacia por meio de licitações fraudulentas quando foi prefeito de Lages, em 2005. A assessoria do ex-governador informa que ele foi absolvido do caso tanto em primeira quanto em segunda instância.
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SERRA
O senador José Serra (PSDB-SP) está com câncer na próstata. A doença foi descoberta após exames de rotina e, de acordo com a equipe médica, o tumor seria pouco agressivo. Serra não está em campanha, pois seu mandato vai até 2023. Ele participou da convenção nacional do PSDB e foi chamado de “eterno presidente”, embora tenha perdido as duas eleições presidenciais que concorreu.
ÚLTIMA CHANCE
Pressionado por parlamentares, governadores e prefeitos sobre a votação das perdas da Lei Kandir, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou a bomba para o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. O grupo terá uma reunião hoje com o ministro. Um dos problemas é a falta de origem dos recursos a serem repassados.
FRASE
“Primeiro que não é aumento, é reajuste. Estamos defasados mais de 40% (perdas da inflação).”
Ricardo Lewandowski, ministro do STF, quando questionado sobre a possibilidade de incluir no orçamento da Corte reajuste no salário dos ministros, que hoje está em R$ 33.763.
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