Congresso de faz de conta 

As férias de julho terminaram, mas o Congresso só retoma os trabalhos para valer depois das eleições. Esqueça pauta econômica, como a proposta de privatização da Eletrobras e demais projetos polêmicos. A agenda oficial até prevê três datas de esforço concentrado em agosto e setembro. Pura ficção dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunicio Oliveira (MDB-CE), que precisam fazer de conta que as Casas estão funcionando.

Na prática, todos só pensam na campanha e nas convenções deste início de agosto. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) calcula que cerca de 90% dos deputados concorrerão à reeleição. Ao mesmo tempo, o governo Temer já não tem força para mobilizar nem a bancada do MDB, em clima de café frio. A chamada base de apoio já se dispersou, com o Centrão, por exemplo, abraçando a candidatura tucana de Geraldo Alckmin. O único consolo de tamanha paralisia no Congresso é que, pelo menos, a famosa pauta-bomba – que prevê irresponsáveis aumentos de gastos para os cofres públicos – também fica na geladeira. 

SEM RUMO 

Se apenas os presidentes dos diretórios regionais participassem da decisão do PSB sobre o apoio na disputa presidencial, a decisão seria por fechar com o pedetista Ciro Gomes. Mas como é grande o peso dos congressistas do Nordeste, a pressão é grande pela neutralidade. A convenção ocorrerá no domingo, oito dias antes da data da morte do ex-governador e presidente do partido Eduardo Campos.  

PLANOS DE SAÚDE 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revogou a resolução que estabelecia o pagamento de franquia e copartipação em planos de saúde. Com a decisão seguem valendo as regras atuais. A ANS pretende realizar consultas públicas para estabelecer novas normas.  

CONFUSÃO 

Ao comemorar ato a favor do ex-presidente Lula no Twitter, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, cometeu uma gafe. Ela usou trecho do cantor Jorge Bem Jor, que fala “Deu no New York Times”, mas colocou o print do jornal Washington Post. Cerca de três horas depois, a senadora apagou o tweet e atualizou o post com o jornal correto.

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