A dois dias das eleições, o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) é o único a crescer acima da margem de erro, chegando a 35% do total de votos ou 39% quando contabilizados apenas os votos válidos – excluindo brancos, nulos e indecisos -, de acordo com a pesquisa Datafolha.

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Aliados do capitão já apostam em uma vitória de primeiro turno e vão reforçar o discurso do voto útil. Conquista que não é impossível. A escalada consistente do candidato, nas últimas três rodadas de pesquisas, alimenta a possibilidade. Mandando recados para o Nordeste – reduto de Lula – Bolsonaro trabalha para tentar encerrar a fatura no domingo.

Já Fernando Haddad (PT) passou de 21% para 22% (ou 25% dos válidos). Um sinal de que congelou a transferência do eleitorado do ex-presidente Lula para o afilhado. Ciro Gomes (PDT) está com 11% (13% válidos) e Geraldo Alckmin (PSDB) com 8% (9% válidos). Por trás dessa reação de Bolsonaro está o efeito da polarização: o voto de quem não quer a volta do PT ao poder.

Com bom desempenho na pesquisa, a estratégia de Bolsonaro é mesmo ficar longe dos debates e, nestes últimos dias, conceder entrevistas estratégicas, que não representem desgaste. Haddad, que passou uns dias de salto alto, resolveu elevar o tom contra o capitão. Já Ciro, que ainda está na batalha por uma virada de última hora – por mais difícil que seja – voltou a artilharia contra o PT. Na simulação de segundo turno, o pedetista é o único que vence Bolsonaro. Por isso, agora, Ciro afirma que quem votar no Haddad, estará elegendo o Bolsonaro.

 

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Dúvida

Delcidio Amaral está em campanha para retornar ao Senado pelo PTC do Mato Grosso do Sul. Mas corre o risco de ter a candidatura barrada. O ex-petista perdeu os direitos políticos ao ter o mandato cassado, mas tenta reavê-los na Justiça após ter sido absolvido da acusação que o levou a perder o mandato. O TRE-MS ainda não homologou a candidatura.   

  

Passado

Parlamentares do PT que reclamavam de Dilma Rousseff quando ela estava à frente da presidência da República, em razão da falta de tato político com o Congresso, agora contam com vídeos de apoio da petista que concorre ao Senado por Minas Gerais. 

 

Prevenido

A defesa de João Rodrigues (PSD-SC) já se adiantou ao resultado da eleição e tenta conseguir no Supremo Tribunal Federal uma liminar para garantir que o deputado assuma o mandato a partir de 2019, em caso de vitória. O problema é que o Tribunal Superior Eleitoral ainda não aprovou o registro da candidatura do catarinense. 

 

FRASE 

“Só digo que é inconcebível em um tribunal ter-se pares cassando individualmente as decisões. As nossas decisões só ficam submetidas ao colegiado. Esse é o princípio básico, senão a organicidade do direito vai por terra”  – Ministro do Supremo Marco Aurélio Mello ao comentar a guerra de liminares entre os colegas Ricardo Lewandowski e Luiz Fux sobre a possibilidade de Lula conceder uma entrevista. 

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