Alvo de críticas dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, o Centrão entrou em cena na última hora para auxiliar nas articulações da reforma da Previdência. Um dos principais nomes da bancada do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB) trabalha informalmente ao lado do relator na Comissão Especial para evitar que a apresentação de destaques atrase a votação.

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Hábil negociador, Aguinaldo tem sido chamado de “relator informal”. Ele conversa diretamente com as bancadas, tentando agilizar a votação na comissão, enquanto Samuel Moreira (PSDB-SP) se dedica aos ajustes finais ao texto que será apresentado. Por trás de toda essa boa vontade, está a intervenção do padrinho da reforma, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia sabe que sem a participação dos partidos do centrão não conseguirá somar os votos necessários para emplacar as mudanças nas aposentadorias. Aguinaldo também deverá ser o relator da reforma tributária, a próxima a ser analisada na Câmara.

Liberdade

Será apresentado nesta terça-feira o relatório da MP da Liberdade Econômica, que acaba com burocracias e entraves em vários setores. O relator, deputado Jerônimo Goergen (PP) precisou fazer uma ginástica para adaptar o texto às realidades de diferentes setores. A intenção inicial, por exemplo, era permitir que supermercados vendessem remédios que não precisam de prescrição médica. O deputado, no entanto, afirma que isso poderia ferir a lei já existente e vai apenas regulamentar a presença de farmácias nos mercados.

Arquibancada

Depois de levar Sérgio Moro ao jogo Flamengo e CSA para prestigiar o ministro, o presidente Bolsonaro convidou Onyx Lorenzoni para torcer pelo Brasil nesta terça-feira no Mineirão (MG). Mas o ministro optou por ficar em Brasília acompanhando as negociações da reforma.

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