Ceará vem sofrendo com ataques criminosos desde o começo do ano. Até segunda-feira à tarde, foram 204 – uma média de 15 por dia – entre veículos incendiados, ataques a prédios públicos e pontes explodidas. Os crimes são uma resposta de facções à decisão do governo estadual de adotar medidas rígidas na fiscalização das penitenciárias. Até então, as unidades eram divididas por grupos criminosos, que tinham regalias, como acesso total a celulares.

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A situação no Ceará é um retrato do sistema prisional brasileiro, um caldeirão constante, que só é mantido com um certo controle porque os dois lados costumam ceder. Basta um lado apertar mais, como ocorreu no Ceará, para as coisas saírem do controle. Um alerta e, de certa forma, um primeiro teste para o governo Bolsonaro, que terá que se debruçar sobre essa situação.

O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) já adiantou que, entre suas prioridades, estão melhorias nos presídios federais e investimentos nas unidades estaduais. A questão maior é se há tempo hábil para essas questões serem implementadas antes que a situação complique em outros Estados do país.

Restrito

Conseguir uma audiência com Jair Bolsonaro está cada vez mais difícil. Prefeitos e entidades, por exemplo, têm seus pedidos negados com frequência, numa tentativa de não abrir precedentes para que as demandas cresçam. Nos bastidores, se fala que seria uma maneira de blindar o presidente contra possíveis pedidos ao estilo toma lá dá cá.

– Se ele abrir para um, terá de receber todos os prefeitos – contou à coluna um interlocutor que preferiu ficar no anonimato.

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Alfinetou

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao falar o Código Florestal brasileiro acabou criticando a modelo Gisele Bündchen: 

–  Desculpe, Gisele Bündchen, você deveria ser nossa embaixadora e dizer que seu país preserva, está na vanguarda do mundo na preservação, e não meter o pau no Brasil sem conhecimento de causa. 

A coluna entrou com contato com a assessoria de imprensa de Gisele, que informou que a modelo estava viajando e que não tinha "tomado conhecimento da referência feita a seu respeito. 

Interlocutor

O presidente Jair Bolsonaro escolheu um deputado de primeiro mandato para ser o líder do governo na Câmara. Caberá ao Major Vitor Hugo (PSL-GO) fazer toda a interlocução entre o Planalto e Câmara nas negociações durante as votações. Uma aposta arriscada para quem está chegando agora no Congresso. 

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Frase

"Esta ideia é natimorta. Quem tem muitas candidaturas não tem nenhuma. Tem que construir outro caminho. Não existe corpo sem cabeça, é uma equação que não tem ponto de chegada"   Orlando Silva, líder do PCdoB na Câmara, deputado, ao comentar a ideia do PSB de lançar mais de uma candidatura de oposição para tentar enfraquecer o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na disputa à presidência da Câmara.