O ano começou e vai terminar com o caso Queiroz nos calcanhares da família Bolsonaro. Se não houve irregularidades, como alegam o senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu pai, então, deixa o Ministério Público investigar.
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Aliados do presidente fazem questão de reforçar a narrativa de que se trata de perseguição política. O argumento não para em pé e não serve para cancelar as investigações. Flavio é suspeito de integrar um esquema de rachadinhas com salários de funcionários do gabinete da Assembleia do Rio de Janeiro. Queiroz era o assessor do então deputado estadual e é apontado como um dos personagens da falcatrua.
A defesa de Flavio, no entanto, agiu para paralisar os trabalhos, com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando uso de dados do Coaf. O presidente da Corte, Dias Toffoli, concedeu liminar, mas o entendimento do plenário foi para liberar. Então, mesmo com atraso, o MP voltou a cumprir sua tarefa.
Para Bolsonaro, que tem no combate à corrupção a principal bandeira, claro que é uma situação constrangedora. Mas se a justiça é mesmo para todos, por que o filho do presidente seria poupado?
De braços dados com o Congresso
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O ministro da Economia não poupou elogios ao Congresso durante o balanço de 2019 da pasta. Após um começo de ano trocando farpas, Paulo Guedes fez questão de destacar que Câmara e Senado abraçaram as reformas e aprovaram a Previdência de forma "bem equilibrada". O ministro ainda destacou que a decisão de dividir a PEC do Pacto Federativo em três propostas veio do parlamento, para facilitar a tramitação.