A semana começa com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, sofrendo pressão de todos os lados. Do presidente da República, Michel Temer, ao ex-presidente Lula, todos fazem lobby em causa própria para tentar se safar da Justiça.

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No caso do petista, emissários têm procurado a presidente para tentar convencê-la a colocar em julgamento o caso da prisão em segunda instância. Acreditam que se a ministra pautar uma das ações que tratam do tema conseguirão reverter entendimento do próprio STF, livrando Lula da cadeia a curto prazo. No último sábado foi a vez do presidente da República ir à residência da ministra. Oficialmente, ele disse que conversou sobre segurança e intervenção no Rio de Janeiro.

No fundo, Temer quer que seja reconsiderada a inclusão do seu nome em inquérito para apurar repasses da Odebrecht ao PMDB em 2014. Ele alega que um presidente da República não pode ser investigado por fatos ocorridos antes do mandato. Todo esse cenário é o retrato da degradação da política. Em um país onde os principais líderes políticos são acusados de envolvimento em caso de corrupção, virou um salve-se quem puder.

Mais um balão

Sem marca na área social, o governo chega a cogitar a troca do nome do Bolsa-Família por Bolsa Dignidade. A ideia não poderia ser pior, um prato cheio para críticas da oposição. O próprio Ministério do Desenvolvimento Social reconhece que há um conceito sendo debatido, mas não necessariamente com a troca de nome.

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Ética

O presidente do Conselho de Ética, Elmar Nascimento (DEM-BA), reúne-se nesta semana com o relator do processo contra o deputado João Rodrigues (PSD) para definir um cronograma de trabalho. O deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL) ficou responsável pelo processo do catarinense. A ideia inicial era que até julho os casos pendentes estivessem concluídos.

Aliado

Apesar de todos os escândalos, o PTB não deverá perder o Ministério do Trabalho na próxima reforma ministerial. Casos como o do rapaz de 19 anos, que gerenciava um orçamento milionário, portanto, correm o risco de continuar acontecendo.

Frase

“Não fui responsável pela indicação do rapaz para o ministério, mas fui o responsável por pedir a sua demissão. Quem o colocou lá foi a turma de Goiás, portanto, não tenho nada a ver com a trapalhada dos outros”

Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, reconhecendo a confusão dentro do próprio partido.

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