Candidatos à presidência do Senado querem unir forças contra Renan Calheiros

Candidatos à presidência do Senado de diferentes partidos estudam unir forças contra o favoritismo de Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa. Em uma reunião marcada para amanhã, eles vão analisar quem tem mais chance de vitória, e a tendência é de concentrarem os votos em um ou dois nomes.

O senador Lasier Martins (PSD-RS), que conta com apoio da bancada do partido, ainda tentará emplacar o voto aberto, apresentando a proposta logo no início da sessão na próxima sexta-feira.

É difícil que tenha sucesso, mas se cada senador for obrigado a assumir publicamente o voto, as chances de vitória de Renan despencam. A campanha nas redes sociais contra o emedebista é enorme. Então, por que ele ainda é favorito? Um parlamentar resume a situação de maneira crua, até simplista, mas verdadeira:

– Há enrolados como ele em quase todos os partidos. E ele é o cara que resolve.

Isentões

Enquanto o governo faz de conta que se mantém distante da disputa pelas presidências da Câmara e do Senado, quatro ministros se afastarão dos cargos para assumir os mandatos como deputados e participar da eleição. Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Osmar Terra (Cidadania), Tereza Cristina (Agricultura) e Marcelo Álvaro Antonio (Turismo) participam da cerimônia de posse, votam e voltam para a Esplanada. Os suplentes já estão fardados.

Impunidade

As prisões de suspeitos de fraudar laudos sobre a barragem de Brumadinho (MG) já são um passo importante para que a tradição da impunidade não se repita. Agora é torcer para que as investigações e punições não se restrinjam ao segundo escalão.

Prioridade

Responsável pelo projeto de lei sobre o porte de armas, o deputado Peninha (MDB-SC) não tem esperanças de levar a proposta em votação ainda no primeiro semestre. Aliado do governo, ele recebeu orientação de garantir prioridade ao debate da reforma da Previdência.

Frase

– A tragédia demonstrou não corresponder o teor desses documentos com a verdade, não sendo crível que barragens de tal monta, geridas por uma das maiores mineradoras mundiais, se rompam repentinamente, sem dar qualquer indício de vulnerabilidade –  Perla Saliba Brito, juíza, na decisão que decretou a prisão temporária de engenheiros e funcionários da Vale.