Na primeira eleição presidencial da era Lava-Jato não há novidades nas candidaturas à presidência da República. Os outsiders ficaram apenas na ameaça, nas figuras do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa e do apresentador Luciano Huck. Nenhum teve coragem de levar adiante um projeto eleitoral em ambiente tão conturbado, com partidos que ainda são comandados por velhas raposas da política. Há, sim, uma situação esdrúxula: o caso do ex-presidente Lula, um candidato preso, que comanda a as articulações políticas atrás das grades.

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Como a tendência é que ele não tenha a candidatura homologada pela Justiça Eleitoral – porque é ficha-suja – o PT deverá indicar um poste para concorrer. Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Manuela D´Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL) são conhecidos do eleitorado ou têm trânsito político junto a determinados grupos. Na eleição mais indefinida dos últimos tempos, o eleitor não tem surpresas.

 

BANCADA

O PP não terá mais candidato ao governo do Estado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Esperidião Amin abriu mão da cabeça de chapa para se candidatar ao Senado, assim como o deputado Luís Carlos Heinze (RS). Decisões que reforçam a estratégia do PP nacional, de fazer grandes bancadas e ganhar cada vez mais corpo no Congresso.

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SIMPATIA

A indicação do ex-governador Germano Rigotto (RS) como vice de Henrique Meirelles contou com o apoio no MDB de Santa Catarina. No final de semana, os apoiares de Rigotto disseram à equipe de Meirelles que Rigotto contava com a preferência dos diretórios dos três Estados do Sul. Considerado um emedebista de raiz, Rigotto quer conseguir mobilizar o partido. Nas pesquisas, Meirelles aparece com apenas 1% dos votos.

PALANQUE MÚLTIPLO?

Candidatos ao Senado na chapa liderada por Mauro Mariani (MDB), Jorginho Mello (PR) e Paulo Bauer (PSDB) querem garantir o palanque nacional para o candidato do PSDB à presidência da República Geraldo Alckmin.

VOTO FEMININO

Isolado, depois do acordo entre PSDB e PSB, o pedetista Ciro Gomes resolveu escolher a senadora Kátia Abreu (TO) para vice na chapa à presidência da República porque também está em busca do voto feminino. Amiga da ex-presidente Dilma Rousseff, a senadora saiu do MDB para ingressar no PDT. Produtora rural e ex-presidente da CNA, ela já não conta mais com o voto fechado dos ruralistas.