Em reunião da executiva nacional do MDB para tratar da distribuição do fundo eleitoral, ficou definido que a candidatura ao Planalto de Henrique Meirelles não receberá recursos do partido. O presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), tentou argumentar que a decisão é um sinal de que eles acreditam na viabilidade de Meirelles, pois ele tem condições de bancar a própria campanha. A explicação esdrúxula não para por aí:
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– Se nós tivéssemos outro candidato à presidência, nós precisaríamos ter reservado recursos do fundo eleitoral para bancá-lo. Nós não teremos.
Ele só esqueceu que há outra leitura possível: a de que o partido não perde nada se Meirelles não deslanchar – ele não tem passado de 1% nas pesquisas – ou mesmo se, ali na frente, o MDB resolver apoiar candidato de outro partido, já pensando em cargos e ministérios do novo governo. Jucá ainda afirmou, com todas as letras, que a prioridade do partido é eleger deputados federais e senadores.
Nesse sentido, ficou acertado que cada deputado federal que tentar a reeleição irá receber R$ 1,5 milhão para a campanha. Para os senadores, o valor sobe para R$ 2 milhões. Santa Catarina e Rio Grande do Sul choraram e conseguiram mais recursos. O diretório catarinense irá receber R$ 3 milhões, enquanto o gaúcho, outros R$ 2,8 milhões.
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VEJA BEM…
Mergulhado em uma polêmica sobre a venda de produtos orgânicos, o deputado Edinho Bez (MDB) disse à coluna que poderá mudar a redação do texto do projeto que busca regulamentar a venda de alimentos cultivados sem o uso de agrotóxico. A redação ruim dá a entender que a comercialização direta dos produtos por pequenos produtores só poderá ser feita nas propriedades ou em feiras, deixando supermercados de lado. Questionado, Edinho afirma que a intenção era apenas evitar fraudes. Na sexta-feira, ele se reúne com representantes dos supermercados para esclarecer o objetivo da matéria.
ENTENDEU?
Como o texto não é claro, nas redes sociais o comentário é de que o projeto quer proibir a venda de orgânicos nos supermercados. Mesmo assim, o texto já passou pela Comissão de Agricultura e, agora, está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
QUEM VAI?
O PT está planejando uma mobilização em Brasília, com a participação dos diretórios regionais, no dia 15 de agosto, no momento do registro da candidatura do ex-presidente Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
ANISTIA
Relator da MP do tabelamento do frete, o deputado Osmar Terra (MDB) abraçou também a ideia da anistia às multas aos caminhoneiros que participaram da greve. A mudança no texto foi resultado de um acordo com o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), que é dono de uma frota de caminhões. Se aprovado no Congresso, o próprio Terra reconhece que ficará nas mãos do presidente Michel Temer vetar a anistia.
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