Jair Bolsonaro deve receber nesta semana 108 deputados, em um cálculo conservador. As rodadas de reuniões com bancadas de partidos já terão o tom da governabilidade. O presidente eleito precisa do apoio da Câmara para aprovar, ainda no início do próximo ano, a reforma da Previdência. O texto deve ser encaminhado em março, depois do Carnaval. Pode parecer cedo, porque a partir de fevereiro a renovação toma conta do plenário. Mas o que vale é o clima de aproximação que o presidente precisa construir. Bolsonaro é deputado federal.
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Por mais que faça o discurso de uma política descolada dos partidos, sabe que precisa pavimentar o caminho. Com um governo de generais e limitações para indicações políticas nos Estados, a articulação se torna ainda mais importante. Ainda não se sabe que cara terá essa reforma. Enquanto Bolsonaro afirma que não pode sacrificar os aposentados, a turma de Paulo Guedes (ministro da Economia) trabalha em uma mudança radical. Os aliados precisam estar preparados para a versão mais difícil.
Mulheres
Secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Andreza Colatto já esteve na sede da transição para encaminhar as principais informações da área. Ela é mais um nome do governo Temer que poderá permanecer na Esplanada.
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Direitos humanos
A área de direitos humanos deve mesmo ser um ministério. O nome será confirmado até a próxima quarta-feira. Bem mais complicada é a escolha para o Ministério do Meio Ambiente.
DNIT
O governo Bolsonaro mudará a estrutura das superintendências do DNIT. Algumas serão extintas. Para eliminar os afilhados políticos, novas regras para escolha dos superintendentes serão publicadas.
Ginástica
A equipe de transição está fazendo ginástica para fechar a nova estrutura de governo entre 20 e 22 ministérios. A pressão é para que o Trabalho, por exemplo, continue a existir.