Entre vestir a farda de estadista e manter as bravatas do período eleitoral, Jair Bolsonaro escolheu o caminho da campanha antecipada à reeleição e mandou às favas a comunidade internacional. O presidente da República utilizou o cenário nobre da abertura da Assembleia Geral da ONU para fazer um discurso agressivo, cheio de ataques e palavras de ordem que tanto agradam o núcleo duro do eleitorado bolsonarista.
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O fantasma do comunismo, as críticas a Cuba e Venezuela, a fiel paixão ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a reclamação dos ataques à soberania do país em razão da Amazônia, tudo estava lá. A digital de assessores como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do ministro do GSI, general Augusto Heleno, ficou clara na linha ideológica dos diferentes tópicos escolhidos.
Bolsonaro perdeu a chance de tentar resgatar o papel de protagonismo na área ambiental. Mas ele não está preocupado com isso. E o efeito nas redes sociais mostrou que o principal e real objetivo foi alcançado: o discurso atiçou a polarização entre quem ama e quem odeia o estilo do presidente. Esse constante clima de corda esticada pode não ser o melhor para o desenvolvimento do país, mas é o que serve à estratégia de reeleição de Bolsonaro.
Homenagem a Luiz Henrique

O cafezinho do Senado agora se chama "Sala senador Luiz Henrique da Silveira". A inauguração foi nesta terça-feira (24) com a presença da viúva, Ivete Appel da Silveira, que em um discurso emocionado, lembrou a trajetória política do catarinense. O senador Dário Berger, que relatou a proposta apresentada pelo também catarinense Paulo Bauer, destacou que Luiz Henrique realizou mais do que qualquer outro político catarinense do seu tempo e que deixou um imenso legado.
Ausência
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Chamou a atenção a ausência do senador Esperidião Amin (PP-SC) no momento dos discursos de catarinenses na inauguração da sala que recebeu o nome de Luiz Henrique da Silveira – seu histórico adversário político. À coluna, a assessoria disse que Amin tinha uma audiência no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com representantes de Laguna, por isso não falou ao microfone.
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