Apesar de ter sinalizado apoio aos policiais nas negociações da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro recomendou que o Congresso fique longe dos populismos. São sinais trocados. Ainda mais depois de ter atrapalhado as articulações na Comissão Especial da reforma, encorajando deputados do PSL a brigarem por regras mais suaves para a categoria.
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Diante da confusão, alguns deputados cogitaram que o Planalto tem interesse em empurrar a votação em plenário para depois do recesso. Bolsonaro parece não ter pressa ou segurança para aprovação em plenário. A Casa Civil, no entanto, afirma que os votos necessários estão garantidos. O fato é que pressionado pelas corporações e até pelo presidente da República, o relator Samuel Moreira apresentou três versões de suas conclusões.
Além dos policiais, também a bancada ruralista está contrariada. Para garantir um impacto fiscal de R$ 1 trilhão, Moreira estabeleceu a contribuição previdenciária para exportações do agronegócio.
Quem sabe
Senadores experientes do Centrão não acreditam em falta de votos para a votação da reforma da Previdência em plenário. Para eles, o principal motivo para o atraso da votação da reforma na Comissão Especial é a pressão de deputados pela liberação de emendas.
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