Até fiéis aliados de Jair Bolsonaro estão preocupados com as manifestações absurdas do presidente. A última é a de que documentos sobre mortes na ditadura militar seriam "balela". Ao mesmo tempo, ele reconhece que não tem nenhuma comprovação concreta para a morte do pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB.

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Quer dizer, a mais importante autoridade do país fez um comentário dessa gravidade com base no "ouvi dizer". Essa é uma retórica que anima o núcleo duro do eleitorado bolsonarista. Mas políticos pragmáticos, aqueles que lideram as negociações sobre as reformas da Previdência e tributária, estão apreensivos com outra questão: a falta de foco. Bolsonaro perde tempo e patrimônio político, além de elevar os níveis de instabilidade, cada vez que volta às raízes.

Ninguém pode levar a sério um governante que nega a existência da fome em um país com as desigualdades do Brasil, que liga a defesa do meio ambiente aos veganos e que vira as costas para a história. Preocupado com a vida real, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu com Bolsonaro nesta quarta para discutir a proposta da Previdência, que ainda tramita no Congresso e, por ser um tema estratégico, tem que ser acompanhada de perto pelo Planalto.

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Como a coluna adiantou, o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) vai exigir índices de desempenho dos municípios. O ministro Abraham Weintraub não explicou como vai funcionar, mas disse que está preparando novas regras para a distribuição dos recursos. Antes da aprovação, a proposta será debatida pelo Congresso.

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