
O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a possibilidade de o filho Eduardo, deputado federal pelo PSL-SP, ser indicado para a embaixada dos Estados Unidos e afirmou que “se está sendo criticado, é sinal de que é a pessoa adequada”. O argumento não poderia ser mais fraco.
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Em vez de desqualificar os críticos, Bolsonaro deveria ter usado o espaço para explicar por que considera o filho a pessoa ideal para comandar a mais importante embaixada brasileira. Esclarecer o que qualifica Eduardo para a função demonstraria esforço do presidente em afastar a hipótese de nepotismo.
Até agora, o que se escutou é que Eduardo fala inglês e espanhol fluentemente, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara e que já fritou hambúrguer, quando trabalhou no estado do Maine. Isso, convenhamos, não diz muita coisa.
Essas informações são importantes, inclusive, para que depois se possa avaliar a decisão do Senado que irá sabatinar Eduardo e definir, por meio de votação secreta, se ele é apto ou não para tal função. Quanto maior a transparência em tudo o que for dito e feito, melhor para todos.
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