Lideranças do agronegócio e parlamentares da bancada ruralistas estão convictos de que o presidente Jair Bolsonaro não vai transferir a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. Na opinião do ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra, manter a ideia da mudança seria o mesmo que rasgar dinheiro.
Continua depois da publicidade
Em um país com 13 milhões de desempregados, a lógica é trabalhar para manter e expandir os mercados. Não há motivos para fustigar parceiros comerciais como os países árabes. A ministra Tereza Cristina (Agricultura) não perdeu tempo e levou números para Bolsonaro.
Com o apoio de deputados da bancada ruralista e dos generais, ela mostrou que o país só teria a perder comercialmente. A instalação do escritório em Jerusalém seria um meio termo, um ponto final no impasse, se lideranças evangélicas e o próprio filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), não mantivessem vivo o discurso da transição. Mas o agronegócio prefere apostar no bom senso do presidente.
Médicos
O Ministério da Saúde vai acabar com o Mais Médicos para capitais e municípios de grande e médio porte. Os atuais contratos serão honrados, mas quando terminarem, não haverá renovação. Florianópolis, Blumenau e Itajaí são exemplos de regiões atingidas. À coluna, o secretário de Gestão Estratégica e Participativa da pasta, Erno Harzheim, confirmou que basta uma portaria para definir o perfil das cidades que seguem no programa.
Médicos 2
Na próxima semana, o governo anuncia a liberação de recursos para municípios interessados em aderir à ampliação dos horários de atendimentos nas unidades de saúde. Seria um Mais Saúde da Família, com aumento de aporte. Serão R$ 150 milhões neste ano e R$ 525 milhões em 2020. A medida não é encarada pelo governo como uma compensação pelo fim do Mais Médicos, mas é.
Continua depois da publicidade
Tentação
Se não houver mais gracinhas e provocações nas redes sociais, na segunda quinzena de abril o relatório da Reforma da Previdência estará aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e pronto para a comissão especial. Depois da Páscoa, os mapas de votos começam a ser feitos pelo Palácio.
Frase
Não vai ser no meu turno como ministro que nós vamos deixar esses esforços anticorrupção serem perdidos.
Do ministro da Justiça, Sérgio Moro.