Objetiva e em tom conciliador. Assim foi a reunião do presidente Jair Bolsonaro com governadores, depois de semanas de trocas de acusações. Nas entrevistas em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente vinha acusando os governadores de radicalizarem na aplicação do isolamento social e na paralisação das atividades econômicas. Adiantando o clima eleitoral, as provocações se tornaram mais intensas entre ele e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Mas na reunião da manhã desta quinta-feira (21), essas diferenças ficaram na geladeira.
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Com a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, a conversa teve como foco o pedido dos governadores para que Bolsonaro sancione a lei aprovada pelo Congresso, há mais de 15 dias, que garante repasse de recursos da União para Estados e municípios. Houve consenso também quanto à possibilidade de veto do artigo que assegura aumento salarial para determinadas categorias. O próprio presidente disse que esse é um remédio amargo, mas necessário.
Diante da queda de popularidade e aumento da reprovação de seu comportamento diante da pandemia, Bolsonaro foi aconselhado a partir para um diálogo institucional e sem hostilidades. A necessidade de uma ação integrada, neste momento de crise, é evidente. Assim como é preciso que o presidente da República assuma o papel de liderança, que até agora se negou a abraçar.