É irresponsável a maneira como o presidente Jair Bolsonaro tem lidado com a questão das queimadas. Mais uma vez ele coloca em prática a velha estratégia do nós contra eles – tantas vezes usada também pelos governos petistas – para desviar a atenção. Sem provas, ele levanta suspeitas de que ONGs ambientalistas podem estar por trás de incêndios criminosos.
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Questionado pela coluna, o ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI), general Augusto Heleno, afirmou que não há informação sobre o envolvimento de ONGs. Quer dizer, é chute. Até parece que mais importa criar celeuma do que agir para determinar as causas e minimizar as perdas. As queimadas ocorrem por uma conjunção de fatores, entre eles o tempo extremamente seco e o desmatamento.
O governo federal está sendo cobrado porque, até agora, não apresentou um plano ambiental com fundamento. E isso não é coisa de comunista, nem de vegano, como já disse o presidente. Essa falta de seriedade afeta a imagem e os negócios do país no Exterior.
Novo verbo
Foi com atenção e bom humor que o presidente Jair Bolsonaro recebeu 50 representantes da mídia regional do Sul do país para um café da manhã no Palácio do Planalto. A importância da relação direta com a comunidade foi destacada pelas lideranças de Santa Catarina. O presidente afirmou que, apesar de críticas, continuará com seu estilo polêmico e não vai desistir:
— Não vou broxar. Sou imbroxável!
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