O tom do discurso do presidente Jair Bolsonaro na cerimônia de entrega de 47 quilômetros de duplicação da BR-116, no Rio Grande do Sul, foi de campanha antecipada. Em 12 minutos, ele anunciou recursos para obra, reclamou mais uma vez da indústria das multas, afirmou que está focado nas questões da família – ao dizer que não admitirá que Ancine e Lei Rouanet façam peças contra os interesses judaico-cristãos – e atacou o resultado das primárias nas eleições presidenciais na Argentina, chamando de "esquerdalha".
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A cerimônia foi rápida, mas o presidente conseguiu mandar os principais recados que queria para o seu público mais fiel. E, como todos sabem em Brasília, política é gesto. Antes de discursar, ele se voltou aos parlamentares da bancada gaúcha e perguntou se tinha muitos radares na estrada. Escutou que de Pelotas até Porto Alegre teriam no mínimo três. Para quem diz que não tem estratégia para reeleição em 2022, o presidente está para lá de afiado.
Errou o tiro
Questionado sobre a possibilidade de indicar Deltan Dallagnol para o comando da Procuradoria-Geral da República, o presidente Jair Bolsonaro desconversou, dizendo que não foi procurado pelo chefe da força-tarefa da Lava-Jato. Ao contrário do que defendem alguns bolsonaristas nas redes sociais, o presidente da República sempre preferiu outros nomes para a missão.
Câncer infantil
Será lançada nesta terça-feira (13), na Câmara, a Frente Parlamentar de Combate ao Câncer Infantil. A iniciativa é do deputado Bibo Nunes (PSL), em parceria com o Instituto do Câncer Infantil e com o Instituto Ronald McDonald. O objetivo das instituições é que o Congresso aprove uma política nacional específica para a oncologia pediátrica, aumentando as chances de tratamento e cura no país. Seis deputados catarinenses integram a frente.
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