* Por Silvana Pires

Conhecido por não ter papas na língua, o líder do governo no Senado, major Olímpio (PSL-SP), tratou da crise envolvendo o PSL de forma pragmática: todos os lados saem fragilizados. Se deixar o partido, Bolsonaro perde metade da bancada no Congresso, portanto, de sua base de apoio. Perde o PSL, que deve ao presidente da República o crescimento expressivo no país.

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Só na Câmara, o salto foi de nove para 53 parlamentares. O senador não esquece, porém, que foi o atual presidente do PSL, Luciano Bivar, que abriu as portas da legenda para um forasteiro – que já havia trocado de sigla sete vezes – para disputar, pela primeira vez, a corrida ao Palácio do Planalto. Na mesma linha de doa a quem doer, Olímpio reclamou dos filhos de Bolsonaro e ironizou ao dizer que não reconhece monarquia no país:  

— O que está desgastando muito o presidente são filhos com mania de príncipes.   

Aqui entra o lado pessoal. Olímpio trava uma batalha com Eduardo pelo comando da sigla em São Paulo. Já com Flávio a rixa se intensificou depois que este teria cobrado os senadores do partido para não assinar a CPI da Lava-Toga. Com tantas declarações e brigas públicas, fica difícil imaginar que as mágoas possam ser esquecidas.   

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Nada com nada  

A bancada do PP saiu de reunião com o ministro da Secretaria Geral, general Luiz Eduardo Ramos, frustrada. No grupo de WhatsApp da sigla, a impressão era uma só, ele não falou nada com nada. Os parlamentares cobraram os recursos prometidos para aprovar a Previdência. Até agora o dinheiro só chegou para quem solicitou emendas para a saúde.  

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