O primeiro dia do presidente eleito Jair Bolsonaro em Brasília, depois das eleições, foi de muita bajulação por parte dos antigos colegas de plenário, selfies, segurança reforçada, mas ainda poucas definições sobre as principais diretrizes do futuro governo. Isso, certamente, começará a tomar forma com o início dos trabalhos dos técnicos e futuros ministros envolvidos na transição. Bolsonaro, no entanto, ainda não se livrou da roupa de candidato.

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Sobre reforma da Previdência, principal assunto desta quarta-feira da reunião com o presidente Michel Temer, foi vago. Diante da pergunta se a aprovação deve ocorrer neste ano, disse que gostaria que saísse alguma coisa. Questionado sobre o mal-estar com o Egito e demais países islâmicos, em razão das afirmações sobre a mudança da embaixada para Jerusalém, não quis comentar.

É evidente que o presidente eleito precisa de uma assessoria urgente na área diplomática. Diante das urgências do país, Bolsonaro não poderá esperar pelo dia da posse para adaptar o discurso ao de chefe de Estado.  

Moro surpreende 

O juiz Sergio Moro deixou claro na primeira entrevista que não haverá espaço para improviso. Ele apresentou um plano de ação claro para o Ministério da Justiça e Segurança, não fugiu de perguntas, contou a historinha do amigo padeiro, mandou recados e teve um ato falho compreensível ao trocar o nome do inexpressivo titular da Justiça, Torquato Jardim.  

Fica a dica

O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra aproveitará a participação hoje, em Brasília, de um seminário da OAB sobre Direito Agrário, para fazer um alerta ao novo governo sobre a manutenção de mercados e a importância dos países islâmicos para as exportações brasileiras. A frase de Bolsonaro sobre transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém preocupa o setor.

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Feliz

– O pai está feliz! Elogiaram ele!  

A frase foi dita pelo deputado Sarney Filho (PV-MA), em conversa ao celular, logo depois do evento de comemoração dos 30 anos da Constituição. Acomodado ao lado das demais autoridades, o ex-presidente José Sarney foi homenageado, em especial pelo presidente do STF, Dias Toffoli. 

Frase

Nossa Constituição reconhece a pluralidade étnica, linguística, diferença de opinião, a equidade no tratamento e o respeito às minorias, garante liberdade de imprensa para que a informação e a transparência saneiem o conluio e revelem os males contra indivíduos de bem comum – Raquel Dodge, procuradora-geral da República durante evento que comemorou os 30 anos da Constituição brasileira.

 

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