
Quem carrega a bandeira da ética na política não pode reclamar de investigação. Aliados de primeira hora de Jair Bolsonaro não escondem o constrangimento quando questionados sobre as mais recentes declarações do presidente da República sobre o processo que atinge o primeiro-filho e senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
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Repetindo um discurso já ouvido de outras lideranças políticas no passado, Bolsonaro reclama que está sendo perseguido e que a quebra de sigilo das contas do filho e de assessores tem o objetivo de atingi-lo. A colegas do PSL, Flavio tem afirmado que está com a consciência tranquila, que nada fez de errado. Então, se é assim, por que não deixar o Ministério Público investigar até o fim as suspeitas de transações financeiras atípicas?
Flávio tentou barrar as investigações por duas vezes, inclusive no STF, alegando quebra ilegal de sigilo. Saiu derrotado. Ele é suspeito de participar, quando deputado estadual, de um esquema muito conhecido entre políticos do baixo ao alto clero: o caixinha, envolvendo salários dos funcionários do gabinete. A lavagem de dinheiro, com compra a venda e imóveis, também está sob investigação.
Esforços para soltar Cunha
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) resolveu reforçar a defesa para tentar no Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da condenação no TRF4 e o envio do processo para a Justiça Eleitoral. Advogado de Cunha, Aury Lopes Jr contou à coluna que a expectativa é de que o relator, ministro Edson Fachin, leve os pedidos para julgamento em plenário. Cunha está preso desde outubro de 2016.
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