Se Jair Bolsonaro não queria submeter o filho ao risco de um fracasso, deveria ter engavetado a ideia de indicar o deputado Eduardo Bolsonaro à vaga na embaixada dos Estados Unidos. Quando um ato depende de votação no plenário do Senado, de articulação política e de conveniências, o risco sempre existe. Rejeições deste tipo são raras, mas já ocorreram.
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Escolhido por Dilma Rousseff para a vaga na OEA, Guilherme Patriota não foi aprovado pelo plenário por um voto. O resultado nada tinha a ver com o preparo do diplomata, mas com o momento político. Os senadores queriam mandar um recado de insatisfação para a presidente. Agora, aliados da família Bolsonaro tentam assegurar os votos necessários.
Embora o nepotismo sirva de constrangimento para os que ostentam com o orgulho o discurso da meritocracia, os Bolsonaro conquistam apoio. Parlamentares experientes acreditam que se eles fossem para o tudo ou nada, é grande a chance de vitória. Em caso de derrota, no entanto, o fracasso seria do pai e não do filho.
Zebra
Causou espanto a declaração de Bolsonaro de que poderia rever a indicação de Eduardo para a Embaixada dos EUA:
— Bolsonaro recuando é a maior zebra do mundo. Nunca vi ele recuar em nada, comentava um deputado no cafezinho da Câmara.
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Toque do berrante
Animado com a pauta positiva do dia, o lançamento do novo crédito imobiliário, o presidente Jair Bolsonaro arriscou até tentar tocar um berrante. Não foi um presente, o berrante foi emprestado pelo padre Valdivino Borges Júnior, autor de sucessos do sertanejo gospel.