O que o petista Fernando Haddad e o tucano Geraldo Alckmin têm em comum? Os dois não figuram no pelotão de frente das pesquisas e apostam todas as fichas no tempo de TV para impulsionar a campanha à Presidência da República, com o objetivo de garantir um lugar no segundo turno.

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Com 44,2% do tempo total de rádio e TV, Alckmin espera reconquistar a confiança de um eleitorado que um dia já foi do PSDB em Estados como RS, SC e SP – sua base eleitoral.

A campanha vai explorar a necessidade de um tom conciliatório na política nacional para tirar o país da crise. A candidata a vice, Ana Amélia Lemos (PP), terá importante participação, com discurso voltado às mulheres e ao agronegócio. Com o segundo maior tempo, os marqueteiros do PT contam com valiosos 2min22seg para tentar colar a imagem de Lula em Haddad. 

Até o momento, o ex-presidente não pediu votos diretamente para o afilhado. Preso e ficha-suja, Lula costurou a estratégia de alimentar a fantasia da militância de que poderá concorrer. O registro da candidatura depende de homologação do TSE. Haddad assumirá a cabeça de chapa em caso de impossibilidade de Lula, mas a pesquisa mostra que 60% dos entrevistados não votaria nele de jeito nenhum.

Tudo isso em apenas 35 dias de campanha em rádio e TV. 

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Doação

A primeira doação de pessoa física registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) partiu de um banqueiro. Anis Chacur Neto, do banco ABC Brasil, doou R$ 50 mil para o candidato do Novo à Presidência, o empresário João Amoedo.  

 

Tem lógica?

O Ministério do Trabalho nega que a intenção de cobrar pela emissão da Carteira de Trabalho, mas confirma convênio com os Correios para a prestação de serviços. Fica a sensação de que o acordo serve mais para tentar salvar os Correios, mergulhado em uma crise há tempos, do que para melhorar os serviços à população. Neste convênio, o ministério pagaria pelas carteiras.  

 

Caso Maluf

Ficou para hoje a decisão sobre a cassação do mandato do deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP), determinada pelo Supremo Tribunal Federal. A palavra final é da mesa diretora da Câmara dos Deputados, que resolveu adiar a reunião sobre o assunto após a defesa de Maluf sinalizar que ele poderia renunciar. A reunião está marcada para as 11h e a expectativa é de que Maluf se pronuncie antes disso.  O político foi condenado por crimes de lavagem de dinheiro, mas foi autorizado a cumprir prisão domiciliar por motivos de saúde. 

 

Frase 

Não adianta querer vesti-lo de Lula. Ele não é o Lula, como a Dilma não era. Cada um tem o seu jeito. As pessoas dizem: ‘Você seria melhor’. É que meu jeito é mais parecido. Mas não sei se é bom ser igual. Acho bom que seja alguém diferente, que aposte na renovação. Nós não podemos ficar reféns de um jeito. A gente tem que defender uma ideia.

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Jaques Wagner,

ex-ministro petista ao se referir ao candidato a vice na chapa do PT, Fernando Haddad. 

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